terça-feira, 10 de novembro de 2009

O MEU SENTIMENTO.

O sentimento não tem nenhuma medida
O sentimento não olha as diferenças...
O sentimento vê apenas o seu desejado
O meu sentimento só vê você, amada

Quero-te, porque é preciso
Quero-te, não sei por quê
Só sei que te quero...
Quero-te, e isso me faz feliz

Vivo por esse amor
Esse amor me faz guerreiro
Vivo pela a esperança de ter você
Vivo apenas por esse objetivo
De ter você pra sempre comigo

É esse amor que me faz viver
E esse amor me dá esperanças
Não sei se será correspondido
Mas, vivo sempre na expectativa...
De acabar um dia essa ânsia

Não acredito poder viver sem você
Será que é impossível te convencer
Que te preciso e que te adoro tanto
Que o meu sentimento é verdadeiro
Bem maior do que a galáxia inteira

Esse sentimento imensurável
Faz-me grande e me faz pequeno
Embriaga-me como um entorpecente
Você me valsa a todo instante na mente
Mas, bebo sempre você meu doce veneno

domingo, 8 de novembro de 2009

A POLÍTICA HUMANA.

O ser humano sobreviveu a todas as intempéries e catástrofes até hoje, porque ele tem uma característica peculiar e própria, a solidariedade. Nos tempos remotos as pessoas precisavam viver em comunidades para se defenderem das feras que os atacavam constantemente. Era preciso que todos se associassem na defesa do grupo, ou, mesmo para matar animais para se alimentarem.
Tempos depois as pessoas criaram as cidades. Ali, se completavam as necessidades uns dos outros, alguns faziam o trabalho que outros não faziam, ou não sabiam fazer, mas que todos precisavam. Os médicos, os carpinteiros, os ferreiros, os religiosos, os vendedores, e assim por diante, dependendo das necessidades daquela sociedade em particular. O progresso e a estabilidade de uma cidade dependiam muito da sociabilidade dos seus habitantes. Alguns completavam o que faltava nos outros, como uma verdadeira fraternidade.
Agora as cidades cresceram, os homens se tornaram capitalistas, no sentido de estar o tempo todo pensando no dinheiro. “Será que vou conseguir pagar isso, ou, será que conseguirei o empréstimo para comprar aquilo, estou tendo lucro neste negócio, porque meu vizinho sempre compra um carro melhor do que o meu?”. Desde crianças aprendemos a competir nos jogos, nas paqueras, no vestibular, no primeiro emprego, na sobrevivência dentro da empresa. Isso tudo transformou a cooperação de outrora em competição particular e pessoal. No seu egoísmo o ser humano deixou a sua principal virtude par trás, a de ser humano. A indiferença cada vez maior em relação aos problemas dos outros, a vulgaridade das relações, que se transformaram o que se chamava de amizade em apenas relações frias e calculadas.
O interesse e o egoísmo conduzem as pessoas cada vez mais para o frívolo e paro o egoísmo. A violência aumenta cada vez mais, mesmo com a repressão do Estado. A corrupção brota e cresce como uma erva daninha nas instituições. A natureza é depredada em benefício do lucro fácil. Algumas vozes solitárias clamam por socorro, estamos indo num caminho que nos conduz diretamente para o precipício. Mas não são ouvidas, porque ninguém mais ouve o outro.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SEU CAMINHO.

As palmeiras e as margaridas
Todas estão muito vivas
Mas ficam mais belas
Quando você passa entre elas

Sua beleza transcendental
Como algo sobrenatural
Por onde andas contagia
Com a sua estética magia

Dita à natureza suas normas
O mundo todo se transforma
Como uma varinha de condão
Brilham as pedrinhas no chão

Quero seguir só pelo seu caminho
Nele encontro flores e passarinhos
O mundo todo me parece encantado
Ou será que estarei por ti enamorado?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

COMO VOCÊ ME APARECEU.

No meu peito esse amor aparece
Como alguém que surgiu do nada
Como a lua que saiu detrás do monte
Você chegou clareando a minha estrada

No meu peito esse amor se prenha
Como o instante no tempo se reproduz
Em cada suspiro brota um novo horizonte
Na minha mente sua imagem se multiplica e reluz

No meu peito esse amor se aquece
Como o sol do meio dia escaldante
Essa imagem se apresenta e reverbera
Preciso de você como o amado da amante

No meu peito esse amor enlouquece
Quero viver essa paixão enquanto fluir
Não devo e nem posso pensar em te perder
Algo em mim veementemente pede para existir

domingo, 11 de outubro de 2009

ABRAÇO DE SIMPLICIDADE.

Uma grande afeição é selada
No abraço de simplicidade
Sempre companheiros de caminhada
Morando no campo ou na cidade
Na amizade é que encontramos força
Para vencer mais uma jornada

Ter você como amigo
É ter no mundo felicidade
Nada poderia ser melhor
Do que saber que na sua amizade
Posso contar com os seus braços
Nos momentos de perigo

Essa vida efêmera e passageira
Deixa ir embora toda alegria
Tudo passou,o bom já se foi
Morreu a tarde em agonia
Só me resta agora seu abraço
E sua amizade verdadeira

terça-feira, 22 de setembro de 2009

COMENTÁRIO do LÍVRO: O PEQUENO PRÍNCIPE.

O Pequeno Príncipe é uma história fabulosa. Assim como a parábola, a fábula é uma narração alegórica, que encerra verdades importantes e tem como objetivo passar ensinamentos morais de uma maneira lúdica. Os planetas encontrados na viagem do pequeno príncipe possuem moradores, ou seja, personagens com costumes e manias que nos fazem refletir sobre os comportamentos humanos. Mesmo que esses personagens nos sejam apresentados como bichos ou plantas, mas nos levam a julgar suas atitudes na historinha. Uns temos como simpáticos, outros patéticos e ainda outros como maldosos e arrogantes.
Quase todos nós quando crianças lemos e entendemos, à nossa maneira infantil, a historinha do Pequeno Príncipe. Hoje, quando voltarmos àquela leitura, encontramos uma outra história, que não havíamos percebido. Agora adultos encontramos verdades filosóficas. A trama narrativa das historinhas, da maneira que nos são apresentadas, propõe significados com tanta “profundidade” como se fosse um tratado de filosofia.
No início do livro o autor, Antore de Saint-Exupery pede desculpas às crianças para oferecer a história, à criança que existia dentro do adulto, seu amigo, Léon Werth. O adulto que não perdeu a capacidade imaginativa consegue “viajar” com o principezinho por planetas fabulosos. Albert Ainsten dizia que o mais importante não é a razão, mas sim a nossa capacidade de fantasiar. O principezinho numa frase singular mostra-nos a vantagem de deixarmos a nossa imaginação “viajar”: “Quando a gente anda para frente, não pode mesmo ir longe (...)” (III).
A personagem que narra a história percebe que sempre temos os nossos gostos e paixões, e que são subjetivos. Por isso quando não consegue desenhar um carneiro que seja do gosto do pequeno príncipe, desenha uma caixa onde supostamente haveria um carneiro. O pequeno príncipe imagina dentro da caixa um carneiro de sua preferência, e se a imaginação é dele, logo o carneiro também é seu. Aqui o autor faz uma analogia com a filosofia de Descartes:“A prova de que o principezinho existia é que ele era encantador, que ria, e queria um carneiro, é porque existe” (IV). Se Descartes pôde afirmar que “se penso existo”, se o principezinho quer um carneiro, ele também existe.
Esta fábula que nos parece tão infantil num primeiro momento. Numa leitura mais elaborada nos leva a reflexões filosóficas acerca da melhor maneira de se viver nesse mundo. Quais são os verdadeiros valores que o ser humano deve preterir e cultuar nele e nas outras pessoas. O principezinho refletindo sobre seu relacionamento com sua flor, afirma: ”Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras (...). (VIII). São nos atos que encontramos a verdadeira essência do outro, não nas suas palavras.
No pórtico do oráculo de Delfos estava escrito: “conheça a ti mesmo” Sócrates fez dessa frase a sua máxima preferida. O pequeno príncipe é nomeado pelo rei a ser seu ministro da justiça, como não havia ninguém para ser julgado, o rei determinou: “Tu julgarás a ti mesmo, respondeu o rei. É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues julgar-te bem, eis um verdadeiro sábio. (X). Conhecermos-nos, é fazer julgamentos dos nossos atos, das atitudes que tomamos frente aos problemas que nos são apresentados pela vida. Assim podemos aparar as arestas que por ventura pudermos perceber na nossa personalidade, para que nos tornemos cada vez mais aptos a viver nesse ou em qualquer “planeta”.



O capitalismo também é tratado nas historinhas do acendedor de lampião, que representa o trabalhador alienado e o homem de negócios, que representa o capitalismo insaciável. O capitalista quer sempre mais e pensa em privatizar tudo. Quer comprar todas as estrelas do céu para se tornar cada vez mais rico. Todas as coisas deixam de servir as necessidades naturais dos seres humanos para na mão do capitalista tornar mercadorias que possibilitam cada vez, e cada vez mais lucros. Até o conhecimento é privatizado pelo homem de negócios da historinha: “Quando tens uma ideia primeiro, tu a fazes registrar: ela é tua”. (XIII). (XIV). Acabamos por acostumar com o absurdo que são as regras do capitalismo, e às vezes não percebemos que não há fundamento nenhum em privatizar e fazer do conhecimento uma mercadoria que propicie lucros para os que o detém. A incoerência dos fatos narrados nos minúsculos planetas que o pequeno príncipe encontra em sua viagem, nos possibilita descobrir a vida absurda que vivemos em nosso próprio planeta.
O Pequeno príncipe nos faz refletir sobre o que é viver de verdade. Qual são as coisas mais importantes para se vivenciar no mundo. Porque somos tão pragmáticos, quais são realmente os verdadeiros valores humanos que deveríamos priorizar. Procura mostrar os riscos que corremos pela aventura: “a gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar... (XXV).” Quando adultos perdemos o foco do que realmente nos proporciona prazer: “Só as crianças sabem o que procuram, disse o principezinho. Perdem tempo com uma boneca de pano, e a boneca se torna muito importante, e choram quando a gente a toma... Elas são felizes... (XXII).” O poeta Pablo Neruda escreve no seu livro, Confesso que Vivi: “Se os poetas respondessem de verdade às indagações, revelariam o segredo: não há nada tão belo quanto perder tempo”. “__ Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos. (...). Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante. (...) Os homens esquecem essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas (...)”. Nesta última frase tão singela, a raposinha sintetiza todos os valores humanos. O amor resume toda a grandeza humana assim como a fala dele metamorfoseia o humano em desumano.
Para o Principezinho a morte não é motivo para tristeza. Montaigne considerava que estar pensando na morte é estar filosofando. O principezinho prevendo sua morte, diz para seu amigo olhar à noite o céu e contemplar as estrelas: “__ Quando olhardes o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir! (XXVI). O que realmente deveríamos valorar nos entes queridos é a lembrança agradável que temos deles não a sua ausência física, que resume em puro egoísmo de nossa parte. Quando choramos pela falta dos que partiram desse mundo, não estamos chorando por eles mais única e exclusivamente por nós mesmos.
Podemos finalizar esse comentário, conclamamos a todos que nos acompanharam até aqui, a fazerem novamente outra leitura do Pequeno Príncipe. Porque a viagem é muito pessoal, e cada um pode sentir novas emoções, e perceber nas aventuras, e nos passeios pelos pequenos planetas, verdades que não conseguimos perceber nessa nossa viagem.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

LEMBRANÇAS SENSUAIS.

As minhas palavras de amor
Acariciavam os seus ouvidos
inocentes
Arrepiavam os seus pelinhos
Os meus cicios indecentes

Aproveitamos muito esse fogo
ardente
Dessa paixão sempre
embriagadora
Hoje só resta a saudade
impostora

Agora sozinho sinto teu
aroma
Embriagado nessa essência esqueço
tudo
mais me perco nas lembranças
Sentindo sua pele de veludo

Meditando na noite triste e fria
Me martela na memória:
“nunca mais te terei”
Sei apenas que morro a cada instante
Lembrando o meu tempo de rei

domingo, 30 de agosto de 2009

VIDA HUMANA.

A vida humana é muito medíocre! (e é interessante, que se pensa que não é.)

A vida não nos dá tempo para realizar todos os nossos sonhos.
Não nos possibilita sermos verdadeiramente gente, somos algo que não queremos ser. Somos pessoas que decidem sempre o que não se quer decidir. Sempre pensamos em ser responsáveis e étnicos, mais somos sempre repetidores da hipocrisia humana, ou seja, da competição, que só pensa na sobrevivência desregrada e imediata.
Se o instinto humano fosse superado pela “empaquitatividade” (empatia+equitativo), nós teríamos superado o humano, ou seja, seríamos o super humano, ou super-homem de Nietzsche.
Hoje somos escravos da nossa pouca capacidade de entendermos a lógica do mundo em que vivemos. Esse mundo frio e concretado, nos oferece sempre uma possibilidade pequena e limitada. Se orientais vivemos sob a tutela das castas, se ocidentais vivemos na hipocrisia da desvalorização humana, em que o importante é ser atual, e o velho é sempre descartável.
No mundo que criamos tudo é falso e hipócrita. E sempre queremos dizer que não é bem assim que Deus escreve por linhas tortas, outra hipocrisia como pode um ser perfeito ser torto?
Fazemos tudo errado e jogamos a culpa sempre nos outros. Quando não temos alguém para culpar dizemos que é a vontade do criador, como se tivéssemos a autoridade para falar em seu nome.
Hipocrisia, hipocrisia, hipocrisia... É tudo Hipocrisia...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

MENINA DE OURO.

Você menina que consegue superar o insuperável, você que vivenciando todas as dificuldades inimagináveis, com persistência e perseverança apesar te todos os percalços que a vida lhe impõe e sem nenhuma perspectiva que vislumbre alguma coisa melhor. Você segue acreditando. Você com quase nenhuma força, persiste. Impressionante, que apesar de quase nenhuma resistência física e com apenas um filete de ar seu pulmão arqueja e seu coração pulsa.
Menina você vence todas as batalhas que encontra pela frente, a insistência é a sua arma mais poderosa. O que em você parece frágil é na verdade uma bomba de nêutrons, pronta para explodir a qualquer momento.Tenho comigo que você não é desse mundo, você é uma alienígena.
Todas as batalhas foram vencidas, todos os problemas nocauteados. As intrigas desterradas. As mesquinharias familiares, e mesma a sua ambição desmedida pela usura hipócrita foram exterminadas.
Você se empenhou com todas as suas forças em todas as lutas, e depois de todas vencidas, você depara com uma que nunca poderia ser prevista. Você deve encarar e aceitar a própria não existência. Você que até hoje lutou pela vida, deve lutar pela não vida, pelo decesso. E você é firme nessa luta, menina de ouro, agora você precisa morrer.
E nessa, luta muito complicada, porque envolve religião, costumes e sentimentos arraigados. Determinada morde a própria língua, é preciso vencer esse estado vegetativo, ele não te pertence. Este não é o seu mundo, que reluz o fulvo, o verde e o carmim. Agora sentes seu espectro esvair do seu corpo antigo. Do outro lado você percebe o amarelo do ouro, ou será do Sol...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

ESTRELINHA DO CÉU.

Porque você brilha tanto
estrelinha?

Na escuridão infinita,
pareces tão perdida,
tão sozinha...
Mas, se acendes,
é porque alguém precisa
de sua luz...
Do céu,
você se derrama pelos caminhos e
a todos conduz...
Sobre os telhados
dos casebres e dos palácios
você passeia...
Mas, estrelinha
você é indispensável porque só
você clareia...
Se você no céu não existisse,
sua luz estrelinha,
seria incolor...
Na terra a escuridão conduziria
todas as pessoas
ao horror...
Se a noite brilhas no céu,
estrelinha, é porque
alguém na terra
precisa de você...

UMA BELA MULHER.

Você é a mais bela das mulheres
É o mais cheiroso dos perfumes
Meu eu se perde na imaginação
Quando vejo passar
toda beleza do mundo

Seu requebro chama a atenção
No universo, é a mais bonita
Por isso quando passas na rua
Pensamentos a seguem,
neles você está nua

Como camaleão, serei o que quiserdes
Poderei enlouquecê-la de paixão
Sendo um terremoto devastador, ou
Uma brisa suave carregando
as nuvens do amor

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O PREÇO DA MULHER.

Não basta seduzi-la
É preciso sustentá-la
Não basta só carinho
Ela quer também vestidos

Perco sempre uma mulher
Para alguém mais abastado
Ou mais comprometido...

Se a ela não sou simpático
Mas tenho poder e dinheiro
Fica muito fácil a conquista

Mas como não tenho nada disso
Só tenho ideias, paixão e poesias
Termino sempre só, com os amigos...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A POLÍTICA.

Na vida, sempre somos impelidos para a convivência, ou seja, para a relação pessoal que nos possibilita a compreensão e aceitação de nós mesmos pelo outro, muitas vezes apoiados numa troca, que busca pura e unicamente uma relação de ter no outro um parâmetro para justificar os nossos desejos e o fundamento para a nossa própria existência. Quando nos comunicamos estamos impondo o nosso querer, para que o outro o aceite sem objetar. A vida é uma busca de poder e satisfações pessoais justificadas pelo poder de argumentação, ou seja, pela capacidade falaciosa que possuímos. Quem consegue argumentar melhor ou com mais insistência é o mais importante, e é aquele que vai levar vantagens substanciais numa relação pessoal e social.
A nossa sociabilidade é a somatória das nossas relações pessoais, ou seja, se conseguirmos arrebanhar pessoas para aceitar as nossas ideias e nosso “querer o mundo”, então estamos no caminho certo da política. O prefeito, o deputado, o presidente é o cara que consegue envolver as pessoas para que aceitem suas idéias pessoais. Hitler dizia que a massa, é feminina e que ela gosta de grandes mentiras. Sabemos que numa relação amorosa impera o elogio e o galanteio. Se quisermos conquistar uma mulher nunca devemos dizer a verdade. Principalmente porque não há nada mais estranho a uma mulher do que a verdade. A verdade é agressiva e nua, porque ela não faz reverência a ninguém seja rico ou pobre, velho ou jovem.
Sempre falamos de virtudes, de justiça, mas estamos sempre pensando nos outros, porque quando a questão é do nosso interesse, aí só impera a vantagem pessoal. Estamos sempre indignados com algum político, mas na vida particular sempre pensamos em levar vantagens. Para moralizar as instituições políticas é preciso, principalmente, que façamos uma revolução em nós mesmos. Que valorizemos a educação de verdade, a justiça pura e soberana, não essa que alguns pensam ser o seu patrono. É preciso que todos sejam honestos e não somente alguns. Donde sai os políticos senão do meio do povo.
O político consegue transitar por todas as esferas, seja relacionado com a saúde, com o econômico, com o espiritual, religioso, e assim por diante. Na cidade temos as igrejas, os hospitais, as lojas, as fábricas, as farmácias, as residências, etc. Ligando tudo isso, estão as ruas e avenidas, ou seja, o que é público. Esse espaço é de todos, portanto deveria pelo ao menos ser defendido por todos. Mas, é exatamente o contrario que observamos, todos querem quebrar, pichar, roubar. É nesse espaço que movimenta o político, ou seja, onde existe a ligação com os outros setores particulares. Precisamos dessa ligação para que tudo esteja em equilíbrio na nossa cidade. Doninho. (03/08/09)

sábado, 1 de agosto de 2009

AMIGA VIRTUAL

Embora não a conheça bem aparentemente
Conheço bem seus sentimentos e emoções
Conversamos despreocupadamente no msn
Falamos somente o que pensa nossos corações
Conhecemos as potencialidades um do outro
Sabemos dos nossos gostos, sonhos e paixões
Utilizamos letrinhas, KK para falar de alegrias
Para falar de tristezas, os desenhos do emotions

Temos em comum a vontade de manifestar sentimentos
Somos seres que procuram a cumplicidade do amor
Vivemos tentado superar as dores e os sofrimentos
Desse mundo cheio de pessoas sem nenhum valor
Mas, não quero comparar sempre você comigo
Somos muito diferentes. Eu apenas um professor
Você muito cheia de vida, esperanças e sonhos...
Menina tão bonita. Na idade ainda um botão de flor!

No nosso mundo virtual vivemos a procura de algo bom
Às vezes temos certeza do que queremos, outras não...
Assim como no mundo virtual, as coisas podem acontecer
A esperança, que como castigo grudado na nossa emoção
Fica a nos dizer que devemos sempre levantar e continuar
Você desligou seu msn, me atirando assim no chão
Preciso lhe avisar, cuidado preste atenção com essa flecha
Você pode ferir você mesma dentro do meu coração

domingo, 26 de julho de 2009

TRISTEZA E ALEGRIA.

Saudades dos tempos idos...
Saudade da minha infância
Dos primos e amigos...
Das brincadeiras de esconde-esconde
Lembranças que mexem comigo
Lembranças que vão se misturando...
Mas esse sentimento antigo
Continua ferindo meu coração
Sentimento claro, forte e colorido
Que me faz triste e alegre
Sensações de um tempo perdido...


Sinto um prazer dolorido
Lembro das primas bonitas
Silhuetas de mulheres no vestido
Com elas gostava de brincar
No Pique, com uma escondida
Tempo de sonho de crianças
Brincadeira de heróis e bandidos
E o tempo que corria despreocupado
Sentimentos que agora me faz perdido
Vivíamos no mundo do faz de conta
Hoje tão diferente e tão encardido

segunda-feira, 20 de julho de 2009

MORENA.

Você me chegou de repente...
Com sua voz clara e sensual
Seu andar cheio de derrengue
Apareceu-me como um temporal

Penso nas nossas diferenças
Você é menina tão doce...
Os preconceitos e as crenças
Essas ideias cortam como foice

Essa paixão me enlouquece
Difícil, de ter um bom final
Você com esse jeito moleque
E eu nesse dilema... Esquece!

Penso nas dificuldades dessa paixão
Às vezes acredito que não temos chances
Mas insisto, porque me queima o coração
E, espero que Cupido abençoe esse romance


Doninho. (23/05/2009)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O SOFRIMENTO HUMANO.

Muitas vezes já ouvimos dizer que viver é sofrer. Mas, a verdade é que quando chegamos a esse mundo começa o padecer e o choro. Na barriga da mãe não sentíamos fome nem frio. À medida que vamos deixando de brincar, de ser criança e nos tornamos adultos, largamos de brincar e tendemos ao sofrimento, porque muitos dos nossos sonhos vão sendo frustrados. A criança vive num mundo de fantasia, mas à medida que adultera seu modo de ver e de sentir o mundo se torna adulto, ou seja, adultera a maneira de divertir-se infantilmente.
Deveríamos viver sempre como vivem as crianças, num mundo de heróis e fadas. Mas, crescidos nos tornamos adúlteros quanto mais egoístas vamos ficando. Aprendemos a nos corromper à medida, que a ambição de nós vai se apropriando. E a ambição desenfreada é como uma cobra que dá bote para todos os lados e acaba por morder o próprio rabo. Quando éramos crianças, felizes brincávamos e corríamos por todos os lugares. A infantilidade perfeita e bonita começa a se debilitar à medida que chega a falta dessa alegria fácil. Havia muito mais vontade de vida, mesmo que despreocupada. A corrupção debilita o estado juvenil, diminuindo a felicidade de ser humano. O que era completo e bonito vai deixando de ser. Quanto mais se corrompe, logo, mas tende para a destruição, que é o deixar e esquecer a felicidade pueril.
O ressentimento é o pior dos males que nos aflige, porque é como uma ferrugem que corroe. Não conseguimos perdoar aqueles que nos fizeram mal ou acreditamos que nos tenham feito. Devagar, quanto mais remoemos, quanto mais maldizemos, temos mais e mais nossas entranhas corroídas. Ficamos doentes e nem percebemos por que. Sentimos angústia e não sabemos por que a sentimos. De onde vem e nem porque vem para o nosso corpo. Tornamos-nos ansiosos, ou seja, sentimos muito mal, antes que alguma coisa nos aconteça. E na maioria das vezes não nos acontece. Sofremos por nada. É quando se pensa em fugir desse mundo. Bebidas, drogas e o sono podem ser paliativos para não se pensar em suicídio.




DONINHO (15/07/09).

terça-feira, 14 de julho de 2009

SOLIDÃO.



Solidão é estar com seu eu e não vislumbrar nenhuma companhia agradável por perto. Você não sente nenhum prazer em estar com você mesmo, você não sente o outro que poderia te compreender. Porque, o eu próprio não consegue te compreender. É como se uma parte de nós quisesse uma coisa, e a outra parte, outra coisa. Às vezes queremos fugir dos padrões morais que castram nossos instintos. Perguntamos-nos por que essa sociedade privilegia estes valores que nos parecem tão estranhos à nossa vontade. É nesse contexto que nos sentimos sozinhos com todo mundo ao nosso redor, ou seja, mesmo no meio de uma multidão nos sentimos muito sós. Se pudéssemos pelo menos contar com alguém que estivesse nos esperando, que nos amasse de fato e nos compreendesse, seria tão bom, tão agradável. Mais essa carência é que nos apunhala nos feri de maneira tão dolorida e tão cruel.
Todos os seres humanos são impelidos pelo ego, mesmos as pessoas que nos apresentam como altruístas (boazinhas), praticam suas ações impulsionadas pela vontade de ser consideradas melhores, ou até mesmo agradar a Deus. Os homens não são seres sociais, só aceitam a sociabilidade para poderem ter uma vida segura. O relacionamento humano é muito complexo, por que se de um lado temos de cooperar uns com os outros, para podermos ganhar uma determinada empreitada ou jogo, do outro, também queremos ser, ou estarmos sempre melhores do que os outros.
No mundo moderno cada vez mais as pessoas vivem e moram sozinhas, ou seja, cada vez mais somos intolerantes com os erros dos nossos (parentes ou amigos). Preterimos a dor da solidão, a dividir com outros dores que não são nossas. A empatia (sentir o outro) é cada vez mais estranha ao ser humano porque ele cada vez mais se torna egoísta. Quanto mais nos machucamos nos relacionamentos mais nos tornamos resistentes as eles.
Quando vivíamos em cidades e comunidades pequenas éramos muito mais solidários, dividíamos os problemas e as alegrias. Conhecíamos os nossos vizinhos, e até brigávamos muito mais vezes, mas uns defendiam os outros. Hoje continuamos a brigar por motivos banais, mas morremos na mão de bandidos sem ninguém para nos defender. Podemos prever que daqui a alguns anos, viveremos juntos sem nenhum relacionamento compromissado. Não existirá mais nenhum compromisso, ou seja, os casais vão apenas “ficar”.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A SELEÇÃO NATURAL DAS IDEIAS

A seleção natural das idéias pode ser pensada a partir da constatação DE que nós, seres humanos, selecionamos os nossos próprios pensamentos, descartando aqueles que nos parecem no momento menos interessante ou apropriado. Alguns psicólogos afirmam que se não conseguíssemos esquecer as idéias que não nos interessam, ou seja, fazer uma seleção, certamente enlouqueceríamos. “Eu fiz isso, diz minha memória. Não posso ter feito isso, diz meu orgulho e permanece inexorável. Finalmente, a memória desiste.”¹ As idéias descartadas podem ser por nós escolhidas, deixando de pensar naquilo que não entendemos como necessário ou importante. Mas, certamente também devemos esquecer de maneira inconsciente o que não está sendo destacado ou utilizado no nosso cotidiano. Quem sabe até pudéssemos emprestar os conceitos da biologia e dizer que as ideias são selecionadas por, não adaptações, maladaptações, adaptações integradas ou dispor de seleção natural.
Darwin considerou que na natureza existe um fenômeno que contribui para sobrevivência das espécies. “Para isso ele partiu de uma analogia ousada: ele observou que os indivíduos de uma mesma espécie são diferentes. Na criação de animais, o homem usa essa variabilidade e só permite que se reproduzam aqueles exemplares, cujas características lhe sejam úteis. Na natureza, ao criador correspondem as condições ambientais. O individuo que lhes esteja mais-adaptado, também tem melhores chances de sobreviver e, principalmente, de procriar. ”² Como em determinada época um animal reinava soberano em determinado ambiente, alguns pensamentos filosóficos também foram muito valorizados por determinadas sociedades,ou por pensadores como Georg W. F. Hegel, Augusto Conte e muitos outros que foram venerados e tiveram suas filosofias idolatradas como verdades fundamentadas, hoje já não são tão lembradas e outros ainda até já foram esquecidos.
Vivemos no mundo e para o mundo, porque somos seres sociais. Devemos em primeiro lugar privilegiar nós mesmos e em segundo, mas, quase que simultaneamente a sociedade da qual fazemos parte, porque dela dependemos. A idéia para Platão estava em outro mundo, ou seja, no mundo das idéias. Mas a IDEIA que me apresenta é cada fixo e determinado grau de objetivação da “minha” vontade. Cada filósofo tem sua maneira de perceber o mundo, por isso as filosofias são diferentes e podemos dizer que umas são melhores e outras piores. Se algum filosofo conseguiu alcançar a IDEIA de Platão, então podemos dizer que sua filosofia ou pelo menos parte dela não pode sofrer SELEÇÃO. As coisas individuais são transitórias, mas as idéias são eternas. Elas significam apoio e segurança. “Conduzem-se às nossas máximas, de revolta às atitudesde nosso ser. O ensinamento platônico é também uma revolta contra a transitoriedade do ‘ser’. A exposição de idéias gera confiança diante do contínuo ‘tornar-se’, que o pré-socrático Heráclito descreveu com a frase: ‘Tudo flue’³. Schopenhauer considera o conceito abstrato, discursivo, apreensível, mas a IDEIA desvencilhada da vontade do sujeito. “Ideia é representante do conceito, mas é absolutamente intuitiva, é conhecida apenas por quem se destituiu de todo querer e de toda individualidade, ela é alcançável apenas pelo puro sujeito do conhecimento.* Talvez por isso possamos dizer que alguns filósofos nunca serão esquecidos, por causa da transcendentalidade de suas idéias assim como alguns animais pré-históricos ainda sobrevivem e quiçá continuem a existir ainda quando o homem já não mais estiver pisando sobre a terra.
¹KAY HOFFMAN. As Dores de Amor de Sócrates. Cit.NIETZSCHE. S. Paulo: Madras, 2003, P.18.
²GEO. Um Novo Mundo de Conhecimento. S. Paulo: Escala, Março de 2009, n°1, p52.
³Ibdem. P. 65
*SCHOPENHAUER, Artur. O Mundo como Vontade e com Representação. Tra. Jair Barbosa.- São Paulo:UNESP,2005, p.310.

COOPERAR E COMPETIR.

Para Darwin a competição pela comida (podemos entender toda a satisfação pessoal no caso do homem) ou pela procriação, é uma batalha pela existência que sobressai os que tiverem mais aptos, “survival of the fittest”- como Darwin o chamou mais tarde, por sugestão do filósofo Herbert Spencer- são adaptações que um ser vivo adquire com as características que já recebeu de seus antepassados no genoma. Mas, é certo também, e principalmente no caso do homem, que em vida podemos desenvolver características que nos possibilite vencer essa batalha pela sobrevivência. Para Nietzsche é a vontade de potência, fonte criativa da vida ou poder criador abastecido de expectativas, de contrastes, vivendo para além da moral e das vontades canônicas, o homem no seu fulgor biológico e psicológico.
Para Thomas Hobbes, “os homens não tinham prazer algum na companhia uns dos outros”¹ . Nesse caso os homens se submetem aos grupos unicamente por necessidades. De modo que na natureza do homem encontra a competição, a desconfiança e o medo. Os primeiros homens usavam a violência para se tornarem senhores das pessoas, mulheres, filhos e rebanhos. Hobbes diferentemente de Rousseau que entendia o homem no estado de natureza como “o bom selvagem”, e só seria corrompido mais tarde pela posse da propriedade privada; dizia que o homem que estava no estado de natureza estava em guerra. Mas, os dois, assim como John Locke, entendiam que o estado de natureza é o estado dos direitos naturais, onde o homem tem o direito de sobreviver e de tentar fazer com que triunfem suas opiniões e também o direito de proteger sua propriedade. Locke legitima a criação de um corpo de juízes pelas leis da natureza. “O estado de natureza é o ponto de partida, o ponto de chegada é o estado civil e o meio através do qual ocorre a passagem de um para outro é o contrato social”² Para dar legitimidade ao contrário é preciso que todos concordem em unir-se numa sociedade. O homem se abdica, em favor da maioria, para dar poder necessário à realização dos fins para os quais se uniram em sociedade.
Num jogo de futebol é preciso que haja cooperação para que possamos vencer o adversário, mas também temos que ser competitivos com os nossos companheiros porque poderemos perder o lugar para o reserva, ou perder com o rebaixamento do próprio salário. O capitalismo faz com que sejamos cada vez mais preocupados com as vitórias que ele nos oferece. Então temos que ser expertos na hora de decidir se temos que cooperar ou competir. Tornamos-nos cada vez mais propensos à disputa. As informações nos orientam ao consumo exacerbado. Destruímos a nos mesmos com desgastes psicológicos, o estresse, por exemplo, e ao planeta, desmatando e poluindo.
Schopenhauer considera que os atos humanos não são livres, mas estão submetidos à necessidade, já que cada ação isolada segue o motivo que a determina. “Aquilo que para cada homem é seu caráter infundado, pressuposto em qualquer explanação de seus atos a partir de motivos, é para cada corpo orgânico precisamente sua qualidade essencial”³ . Podemos prever o que um homem de determinado caráter fará, mas não poderemos dizer por que ele tem aquele caráter. O que podemos fazer para amenizar a competição e aumentar a cooperação é criar um mundo diferente deste que vivemos. O socialismo é a única opção, temos que nos educar para mudar nossa maneira de produzir e reproduzir nossa existência no planeta.
¹Hobbes, Thomas: Leviatã, ou matéria, forma e poder de uma república eclesiástica e civil. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.108.
²BOBBIO, Norberto e BOVERO, Michelangelo. Sociedade e Estado na filosofia política moderna. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 49.
³SCHOPENHAUER, Arthur: O Mundo como Vontade e como Representação. São Paulo: UNESP, 2005, p. 185.

domingo, 7 de junho de 2009

Para uma nova Democracia

A democracia representativa, tanto nos EUA, na Europa, como no Brasil não tem de fato correspondido à sua definição mais conhecida: governo do povo, pelo povo e para o povo. Os governantes eleitos como representantes da vontade popular, antes das eleições prometem o que o eleitor quer, mas depois de eleitos não cumprem as promessas de campanha. Existe um abismo entre a vontade popular e a política efetiva realmente praticada.
No seu livro Micro Física do Poder, Michel Foucault mostra que o poder se dissolveu na sociedade e os governantes mesmos bem intencionados não podem mudar o sistema viciado. Os Estados Unidos mesmo com o presidente Barack Hussein Obama, sua eleição considerada uma grande vitória da democracia, com certeza vai continuar sendo um país belicoso. É preciso que a estrutura do sistema seja reformulada. Os cidadãos devem ser ouvidos, de maneira mais amiúde, principalmente nos assuntos que lhes digam respeito direto.
Nessa democracia que realizamos, só temos importância, ou realmente somos cidadãos apenas no dia da eleição, depois somos esquecidos como se não existíssemos enquanto sujeitos de direitos. É preciso mais plebiscitos, é preciso ouvir as associações, seja profissionais ou sociais, como a associação de bairros por exemplo. É uma democracia representativa, mas temos que diminuir o máximo esta representatividade porque os políticos depois de eleitos passam a servir somente aos grandes grupos empresariais. Mesmo a mídia trabalha em benefício das grandes organizações, o sensacionalismo da violência tem como principal objetivo servir a interesses escusos e a indústria da segurança: carros blindados, dispositivos eletrônicos para localização de objetos furtados, seguranças, condomínios fechados, TV a cabo, Chopin centres, etc.
A cultura do medo reforça a natureza humana como perigosa. A catástrofe serve para mostrar que a vida é regida pelo acaso. Sabemos que nós somos agressivos por natureza, que é alimentada principalmente pela frustração dos nossos desejos não realizados, mas a violência não faz parte da nossa natureza. A delinqüência, ilegalidade dominada, é um agente para a ilegalidade dos grupos dominantes. O trafico de armas, o de drogas, mostram da mesma maneira esse funcionamento da “delinqüência útil”. Até juízes são empregados desse mecanismo. Ajudam a constituição da delinqüência, ou seja, a diferenciação das ilegalidades, o controle, a colonização e a utilização de algumas delas pela ilegalidade da classe dominante.
Temos de repensar a democracia no mundo contemporâneo onde vislumbramos o início da era das comunicações. O homem que pode surgir deste novo contexto deve se apresentar como sujeito e usuário consciente da informação veiculada pela mídia e capaz de fazer uso dela de forma livre, para o benefício da sociedade. Esse aceso transparente e imparcial às informações de maneira que o saber e o aprender permitam que melhoremos o trabalho, o lazer e a solidariedade. A solidariedade implica não apenas sentir o outro, mas compartilhar nossas vidas, nossos sonhos, com o outro. E daí criarmos outras formas de fazer política, fazermos uma democracia vinculada à ética. Mas, não podemos esquecer que não poderemos criar algo novo se utilizarmos a mesma lógica e o mesmo método do capitalismo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A FILOSOFIA A CIÊNCIA E A VIDA.

A filosofia se preocupou muito com a composição do universo e do ser, principalmente os pré-socráticos que criaram a ontologia, mas depois de Aristóteles e do desmembramento das ciências da filosofia, esta questão tem ficado sob a responsabilidade das ciências. E a filosofia tem se preocupado mais com o que é o ser ou o que é o homem.
A maioria das religiões defende o criacionismo. São Tomás de Aquino e Santo Agostinho tentaram conciliar a fé com a razão, ou seja, os dogmas religiosos com o conhecimento racional. Conseguiram muitas reflexões profundas a cerca da vida, mas muito vagas sobre a existência de um criador para o homem.
O Darwinismo explica pela “teoria da seleção natural” e “sobre a origem das espécies” que todos os animais têm um ancestral comum, ou seja, se Deus deu vida só poderia ser essa primeira. Segundo essas teorias o homem descende dos símios e estes de animais mais simples até chegar à primeira existência viva.
A filosofia tem se preocupado sobre tudo com o que se relaciona com a vida do ser humano. “A filosofia consiste em viver voluntariamente nas geleiras e nos cimos – em buscar tudo aquilo que na existência sai do comum e questiona, tudo o que, até então, foi banido pela moral” (Friedrich Nietzsche, Ecce Homo). Parece que os homens buscam a felicidade, ou seja, dar um sentido à vida. Assim sendo, a filosofia também se interessa pelo que causa sofrimento ao homem. Soren Kierkegaard inaugura a modernidade pela angústia, Martin Heidegger centra suas análises no cuidado e no ser-para-a-morte.. Pensamos a violência com a qual convivemos e compreendemos que é preciso de fato conhecer e entender o horror para combatê-lo.
A esperança, mesmo ínfima, de ser um dia realmente feliz, pode sozinha dar um sentido à nossa existência e aos nossos atos. A ação é sempre orientada por valores e critérios que vêm do futuro para nós. É a felicidade que constitui o horizonte e oriente de toda ação, e, mais profundamente, de toda existência.
Desejamos a liberdade, a justiça e o amor apenas para alcançar com outrem uma forma de existência que seja completa e comporte uma significação substancial. O ser humano busca a felicidade por que ele é um sujeito que deseja. Ele é um desejo consciente, capaz de eventualmente tornar-se desejo refletido e sujeito integral. A felicidade é a um só tempo o oriente e a atualidade de uma utopia concreta sempre possível. Se a filosofia é a educadora da humanidade ela deve estar voltada para a busca da felicidade humana que é o que faz sentido à vida do ser humano.
A filosofia se preocupa mais em responder o quê é a matéria, o quê é a vida, o que é a consciência e não em responder como surgiram ou como foram criadas. Para Schopenhauer, a matéria é o que o sujeito pode conhecer, utilizando representações formais como o tempo, o espaço e as causalidades. Aristóteles explica as causas de uma coisa, respondendo o porquê, o quê e o como uma coisa é o que ela é. A causa material é a essência de que a coisa é feita. A causa formal é a forma que uma essência possui. A causa eficiente explica como a matéria recebeu aquela forma. E a causa final dá o motivo ou finalidade para uma coisa existir. A causa final é o motivo pelo qual a coisa eficiente deu causa formal à causa material. O objeto começa onde termina o sujeito. Todas as formas (espaço, tempo, causalidades) da coisa já estaão conscientes à priori. Essa capacidade de representar os conceitos para conhecermos o objeto é a razão e a partir do conhecimento, adquirimos consciência dessa matéria. A consciência é a própria experiência, é um modo de conhecimento que requer entendimento, que se define por uma oposição básica: é o atributo pelo qual se toma em relação ao mundo ou as coisas, aquela distância em que se cria possibilidades de níveis mais altos de integração. A coisa material é o fazer efeito e essa efetividade reside no fazer-efeito, na causalidade. A matéria só é cognoscível na alteração do que existe simultaneamente com aquilo que permanece. Toda causalidade, portanto, toda matéria, logo a efetividade inteira, existe só para o entendimento, através do entendimento, no entendimento.
A vida é uma vontade que faz mover os seres segundo suas características. Essa vontade é o conhecimento à priori do corpo que a reveste, e esse corpo é o conhecimento à posteriori dessa vontade. A ciência filha da filosofia que caminha com quatro pés: o empirismo, o racionalismo, a imaginação e a verificação é que deve responder pela origem das coisas. A atividade filosófica pode proporcionar a reflexibilidade à ciência e a atividade científica permite alimentar a filosofia em saber. Então, ciência e filosofia poderiam aparecer em dialogo com dois rostos diferentes e complementares do mesmo pensamento.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A POETISA

Você me apareceu como um sol
Senti primeiro o calor da sua presença
Como quem percebe o inimaginável
Você chegou à luz da onisciência

Seu devaneio troca os atores de lugar
Assim consegue o mundo todo perceber
Coisas que a natureza esforça pra mostrar
A poetisa usa de fantasia para ver

O caminho que me leva para você
É muito longo, mas não é estafante
Vou montado nas asas da imaginação
Lembrando você com seus olhos brilhantes

O tempo que perdestes comigo
Num som mágico me aprisionou
Como a rosa que gosta de se mostrar
Poetisa o seu pensar me cativou

Você é responsável por essa sedução
O seu caminho mostrava a luz
Fiquei preso na sua poesia
Por favor! Não me solte dessa cruz

O VENTO, A CHUVA E AS ARVORES.

O vento, a chuva e as arvores. (06/02/09)

O vento que urrava com as árvores
De repente, num instante se cala
Porque a chuva chega fria
E leva as folhas todas pra vala

As árvores que se descabelavam
Agora num murmúrio suave
Se levantam e movimentam nos ares
Com os seus galhos cheios de aves

O DILEMA DA EDUCAÇÃO.

O DILEMA DA EDUCAÇÃO

O problema da educação para melhorar o comportamento dos alunos rebeldes é criar condições favoráveis ao desenvolvimento de um caráter melhor. Não se pode castrar os desejos e motivos que cresceram na vontade de cada aluno. Esse mundo capitalista e consumista bombardeia ininterruptamente propagandas que atiçam e aguçam a vontade de possuir de todos. E, a falta de valores éticos e morais que não foram fornecidos pelos pais ausentes; conduz os despossuídos à prostituição, ao roubo, ao tráfico e nos que possuem tudo; tediosos, buscam aventuras nas brigas, no tráfico, e no roubo.
Por que estamos perdemos os valores morais? Por que estamos nos deixando dominar pela ideologia liberalista de direita? O homem dominado pelo consumismo exacerbado tem seu conhecimento inteiramente entregue ao princípio de razão individual, prende-se a essa individualidade em detrimento da compreensão de uma visão mais abrangente que considere todos os demais. Por conseguinte, procura apenas o próprio bem-estar, totalmente indiferente ao dos outros, cuja essência antes lhe é totalmente estranha, separada da sua por um amplo abismo, sim, os vê propriamente só como máscaras sem realidade alguma.
O homem dominado pela ideologia de direita, somente dentro das instituições ele pode pensar os outros, e assim mesmo como corpo social. Existem apenas os membros de uma família, que podem ser bons ou ruins na sua concepção. Todos são dissolvidos dentro das igrejas, cooperativas, clubes, profissões e por fim dentro de uma nação.
Por esse modo de pensar estamos assistindo uma catástrofe na educação brasileira. Escolas inadequadas, professores desqualificados, e o pior, como resultado que engendra desse caos: profissionais medíocres e corruptos. Ninguém mais sabe o que é ético, só se preocupando com resultados imediatos. A palavra honestidade possui um significado muito controverso que algumas vezes pode significar “bobo”.
O modo de pensar das pessoas hoje em dia, parte de si mesmo para atingir o mundo (os outros); deveria ser o contrário, partir do mundo (dos outros, principalmente dos marginalizados) para aí sim, perceber-se como indivíduo. Olham-se primeiramente as posses e regalias conseguidas, para só aí, pensar os seus semelhantes. Os meios de informação, a grande mídia (palavra que deriva de mediano e medíocre), reforça na população ou na grande massa como é chamada, a ideologia da direita, ou seja, o pensamento de que se é rico, ou que pelo menos vai indubitavelmente se tornar rico.
Para o homem de ideologia direitista, o indivíduo é animal gregário, homogêneo, maciço, intercambiável, exterior. Só a idéia de esquerda pode pensar o homem como um ser singular, heterogêneo, particular, único, interior. “o homem que não quer pertencer à massa só necessita deixar de comportar-se comodamente consigo mesmo e obedecer à sua consciência que lhe grita: Se tu mesmo. Tudo o que agora fazes, opinas e desejas, nada tem a ver contigo”.*
Os últimos presidentes do Brasil implantaram a política neoliberal que privilegiava somente a classe dominante. A lógica resume no seguinte: quem puder pagar pela educação de qualidade, a terá; quem puder pagar pela saúde, a terá e assim por diante. Nessa lógica é preciso de pessoas com baixa escolaridade para fazer os serviços que os ricos não podem fazer. É a mesma lógica que justificava a escravidão em tempos passados. Max dizia, que na educação do proletariado para o trabalho nas fábricas, estaria a conscientização de sua exploração pela burguesia. A burguesia então tratou de afastar o trabalhador da educação crítica e acabou por deixá-lo com essa educação pública que temos, ou seja, uma tapeação.
A grande dificuldade da educação para resgatar os educandos para o conhecimento escolar é que o seu caráter está contaminado pelos maus costumes. Por mais que lhes mostremos em palavras, é preciso que seja criado um novo hábito espelhado somente em bons exemplos. Se isso não for conseguido, continuarão a vida toda reforçando sua vontade de conseguir as coisas pela lei do menor esforço e pressentindo no outro sempre um adversário em potencial. “Todo conhecimento abstrato fornece apenas motivos. Motivos podem apenas mudar a direção da vontade não ela mesma.” É triste que tenhamos chegado a esse ponto, a ambição desenfreada é como uma cobra que dá bote para todos os lados e acaba por morder o próprio rabo.

Prof. João Teodoro. (09/04/2009)

• NIETZSCHE: Schompenhaer como educador. Madrid: biblioteca Nueva, 2000, p.25-26.

* Schopenhauer. OM c V E C R- S. P. UNESP, p 431.

O CAPITALISMO LIBERAL.


O capitalismo clama por liberdade total de ação para o seu engrandecimento. Quanto mais se acumula capital, mais se possibilita a sua aplicação em empreendimentos rentáveis. Assim, cada vez mais os negócios são direcionados para o lucro puro em detrimento do bem comum.

A democracia associada ao capitalismo camufla os seus reais objetivos. O que deveria ser o governo do povo e para o povo se inverte em o governo dos capitalistas em beneficio dos capitalistas. O “demo” [¹] deixa de ser a criatura primordial dos deuses para dar lugar e até mesmo endeusar o mercado, que agora onipotente se transforma em “demônio”. É o caso dos bancos americanos que negociavam a chamada “moeda podre”.

O capitalismo também procura dissimular o direito, principalmente o de propriedade. A propriedade deixa de cumprir sua função social “mas tão somente uma legitima apropriação ou aquisição da coisa pelo emprego originário das próprias forças sobre ela” [²] Segundo Schopenhauer uma propriedade acaba por induzir de acordo com a natureza moral dos seus fundamentos de propriedade, ao possuidor um poder tão ilimitado como o que possui sobre o próprio corpo.

Nada consegue enganar, todos o tempo todo, a máscara do capitalismo caiu. É preciso que estejamos atentos porque esse monstro que domina os meios de comunicação é capaz de criar e forjar mentiras para nos enganar e a continuar a nos explorar através do trabalho mal remunerado ou do consumismo exacerbado. Até quando seremos seus escravos. Precisamos nos unir no objetivo de criar um outro sistema que realmente possa produzir pelo povo, mais em seu benefício.

A direita é a ideologia dominante formada por aqueles que são ricos, somando se àqueles que acreditam que se tornaram ricos, ou seja, se consideram ricos em potencial. As instituições são valorizadas em detrimento do ser humano. A nação deve ser forte ao defender o interesse dos investidores, mas fraca ao se preocupar com a classe trabalhadora.

O Brasil foi predominantemente governado pela direita: Na Colônia, pelos senhores de engenho; no Império pelos barões do café; e na República, pela burguesia industrial e comercial. No governo de Washington Luiz, problemas sociais era caso de policia como dizia ele. Governantes que se preocuparam com a classe trabalhadora ou com a reforma agrária foram perseguidos Getúlio criador das leis trabalhistas sofreu um golpe militar que resultou no seu suicídio, João Goulart pelas propostas de reforma de base também sofreu um golpe militar que o obrigou a se exilar no Paraguaio e ter uma morte até hoje não esclarecida.

A direita nunca se preocupou com o povo brasileiro, nem com o país. Pelo contrário sempre venderam os nossos interesses para os norte-americanos e europeus. Muitas vezes tirou proveito da falta de educação da classe trabalhadora para explorá-los. Os pobres eram pobres porque eram ignorantes. Era designo de Deus. A miséria, muito feia de se ver deveria ser tirada da vista das “pessoas de bem”, por isso as favelas.



[1] “Povo” em grego.

[2] Schopenhauer. OM c V E c R- S.P. UNESP. 2005, p. 431.

domingo, 26 de abril de 2009

OLHOS CASTANHOS.

Seus olhos são castanhos
Castanhos como o mel
Olhando-os me perco
Mas, encontro me no céu

Como és doce em pensamento
Seu sorriso é como a aurora
Nas tempestades da natureza
És meu porto, estou seguro agora

Tua voz gostosa é melodia
Ouço ao longe uma canção
Quando estás ausente
É sua voz no meu coração

CAPITALISMO LIBERAL.

CAPITALISMO LIBERAL.

O capitalismo clama por liberdade total de ação para o seu engrandecimento. Quanto mais se acumula capital, mais se possibilita a sua aplicação em empreendimentos rentáveis. Assim, cada vez mais os negócios são direcionados para o lucro puro em detrimento do bem comum.

A democracia associada ao capitalismo camufla os seus reais objetivos. O que deveria ser o governo do povo e para o povo se inverte em o governo dos capitalistas em beneficio dos capitalistas. O “demo” ¹deixa de ser a criatura primordial dos deuses para dar lugar e até mesmo endeusar o mercado, que agora onipotente se transforma em “demônio”. É o caso dos bancos americanos que negociavam a chamada “moeda podre”.

O capitalismo também procura dissimular o direito, principalmente o de propriedade. A propriedade deixa de cumprir sua função social “mas tão somente uma legitima apropriação ou aquisição da coisa pelo emprego originário das próprias forças sobre ela” ²Segundo Schopenhauer uma propriedade acaba por induzir de acordo com a natureza moral dos seus fundamentos de propriedade, ao possuidor um poder tão ilimitado como o que possui sobre o próprio corpo.

Nada consegue enganar, todos o tempo todo, a máscara do capitalismo caiu. É preciso que estejamos atentos porque esse monstro que domina os meios de comunicação é capaz de criar e forjar mentiras para nos enganar e a continuar a nos explorar através do trabalho mal remunerado ou do consumismo exacerbado. Até quando seremos seus escravos. Precisamos nos unir no objetivo de criar um outro sistema que realmente possa produzir pelo povo, mais em seu benefício.

A direita é a ideologia dominante formada por aqueles que são ricos, somando se àqueles que acreditam que se tornaram ricos, ou seja, se consideram ricos em potencial. As instituições são valorizadas em detrimento do ser humano. A nação deve ser forte ao defender o interesse dos investidores, mas fraca ao se preocupar com a classe trabalhadora.

O Brasil foi predominantemente governado pela direita: Na Colônia, pelos senhores de engenho; no Império pelos barões do café; e na República, pela burguesia industrial e comercial. No governo de Washington Luiz, problemas sociais era caso de policia como dizia ele. Governantes que se preocuparam com a classe trabalhadora ou com a reforma agrária foram perseguidos Getúlio criador das leis trabalhistas sofreu um golpe militar que resultou no seu suicídio, João Goulart pelas propostas de reforma de base também sofreu um golpe militar que o obrigou a se exilar no Paraguaio e ter uma morte até hoje não esclarecida.

A direita nunca se preocupou com o povo brasileiro, nem com o país. Pelo contrário sempre venderam os nossos interesses para os norte-americanos e europeus. Muitas vezes tirou proveito da falta de educação da classe trabalhadora para explorá-los. Os pobres eram pobres porque eram ignorantes. Era designo de Deus. A miséria, muito feia de se ver deveria ser tirada da vista das “pessoas de bem”, por isso as favelas.



[1] “Povo” em grego.

[2] Schopenhauer. OM c V E c R- S.P. UNESP. 2005, p. 431.