sábado, 25 de março de 2017

MEMÓRIA E IMAGINAÇÃO


                                         





        Nós seres humanos somos compostos de uma essência que nos difere das outras espécies. E é só isso que nos faz diferentes, nos dá talvez até com certo exagero, a impressão de que somos perfeitos, ou poderemos atingir a perfeição. Uma ideia religiosa que corrobora com esta convicção, é a de que fomos criados a imagem e semelhança do Criador. Mas, uma constatação dramática da realidade humana é que só percebemos um mundo tridimensional, ou seja, o passado, o presente e futuro. Tudo está num determinado espaço, tempo e é resultado de determinadas causalidades. A representação que nos aparece do mundo, tem uma perspectiva de profundidade, largura e altura. Mas é só a representação do mundo que temos não o mundo, porque o mundo em sua essência, não podemos conhece-lo.
        Na verdade só o passado é real, e mesmo assim é morto, já aconteceu e não pode ser modificado. O presente é o agora, que estamos construindo e não sabemos o seu resultado. O futuro é uma incógnita, um mistério, não podemos afirmar nem que estaremos nele amanhã, porque poderemos estar mortos.
        O que temos de diferente dos animais? Digo agora: a memória e a imaginação. Assim podemos perceber e compreender o nosso mundo. Com a memória podemos buscar na história um modelo que na imaginação possa nos projetar para  o que almejamos. Esse objetivo: um mundo que acreditamos melhor, parte das impressões que temos do passado ao qual recorremos. Para piorar a situação, não encontramos fatos reais na história, apenas interpretações. Sempre falamos de uma perspectiva, ou de algum lugar, a partir de valores que são mutantes com a cultura.
       
Ao mesmo tempo em que a memória coloca o homem em uma posição superior ao animal, também é para ele grilhões que o torna prisioneiro do passado. O animal esquece fatos tristes, por isso, não carrega com ele tantos traumas como o homem.
        Termino essa nossa reflexão com uma frase de Nietzsche: o homem cria somente quando ama, quando se banha na ilusão (eu diria imaginação) do amor, quer dizer, quando acredita incondicionalmente em algo que seja justo e perfeito:.

sábado, 4 de março de 2017

A CIRCULAÇÃ DO DINHEIRO E A DESIGUALDADE NO BRASIL.



                                                       DESIGUALDADE SOCIAL
                                                                   
                           

Está rolando pelas redes sociais uma historinha que é mais ou menos assim: Um alemão chega a um Hotel e pede um quarto, a atendente cobra R$ 100,00, ele entrega uma nota de cem, mas pede para ver o quarto, ela chama a camareira e pede que o acompanhe ao quarto. Nesse momento chega uma notinha do açougueiro de exatamente cem reais, a atendente quita a mesma com os R$ 100,00. Recebendo a conta o açougueiro manda pagar R$ 100,00 ao eletricista que lhe prestara um serviço. O eletricista passa no mercado e desconta da sua caderneta de contas a quantia de R$ 100,00. Neste inteirinho, chega uma prostituta cobrando ao dono do mercado R$ 100,00 de um serviço sexual, o que o faz transferir a dita nota de cem reais àquela mulher. A prostituta que devia o hotel chega à atendente para quitar o aluguel de um quarto no exato momento que o alemão não mais quer o quarto, não gostou das acomodações. A atendente pega o dinheiro da
mão da prostituta e passa para o alemão. Conclusão todos quitaram suas contas com o dinheiro do alemão.

O Japão era até a pouco tempo a segunda mais rica nação do mundo, agora está em terceiro atrás apenas dos EUA e da China. Os japoneses fazem o comércio ser bastante rotativos, aí está uma das razões do sucesso do seu desenvolvimento econômico.

Na Grande Depressão de 29, o presidente americano Roosevelt criou uma força tarefa para empregar pessoas sem nenhuma condição para sobreviver à crise. A operação consistia em empregar trabalhadores para fazer valas, ou seja, furar buracos. Depois de concluída aquela obra os funcionários eram transferidos para outra operação e contratavam-se outros trabalhadores para tampar aquele enorme buraco. O dinheiro circulava e todos eram beneficiados.

A bolsa família também cumpre essa função, e como os impostos de circulação de mercadoria são muito mais expressivos, ou seja, mais caros do que outros impostos, o retorno que o governo recebe de volta costuma ser maior do que o total despendido para as pessoas carentes. Neste país quem paga impostos, quem verdadeiramente paga o “pato”, são as pessoas trabalhadoras. Os donos dos meios de produção quase nada pagam, haja vista, a desigualdade imoral que ocorre em nosso país. Os 6 “seis” brasileiros mais ricos detém o que tem a metade da população mais pobre do nosso Brasil, ou seja, seis pessoas tem o mesmo que 102 milhões (a metade) dos brasileiros.