Os gregos usavam três palavras para
conceituar o amor: Eros, Filia e Ágape. O amor é uma força sublime que nos
aproxima do Bem, do Justo e do Belo. O amor é uma chama que acende naturalmente
no coração. Quando o amor é puro e verdadeiro praticamos sempre o bem, o ético
e o correto. Não se mata por amor, isso é uma distorção.
Amar não é um sentimento, é uma
decisão, uma escolha em ato. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.
Amar é semelhante à jardinagem: arrancamos o que faz mal, preparamos o terreno,
semeamos as sementes regamos, cuidamos e aguardamos com paciência. A vida
vivida sem amor não tem sentido.
Platão denominava o amor de Eros,
semideus (daimon) da mitologia grega que transmitia aos deuses as necessidades
dos homens. O amor para o filosofo é a busca da beleza, da elevação em todos
os
níveis. Entre os deuses e os homens se coloca o amor. O amor nos impede de
esquecer, porque nos atrai para a beleza, assim, vivifica a nossa alma. Mas,
Eros é desejo e quando saciado pode ser esquecido.
Aristóteles define o amor com a
palavra Filia, que significa amizade. O amor deve ser bom para os dois. A
presença do amado já basta para alegrarmos. Se uma parte deixa de ser útil ou
agradável a outra cessa de amar. Devemos aprender a excelência do amor, a
disposição permanente para a Filia, gera em nós através do hábito um
aperfeiçoamento para o amor. A amizade perfeita nos habitua a sempre querermos
o bem um do outro.
Jesus Cristo pregava o amor Ágape,
que é a essência da ética. Quem ama faz o bem, é ético, é correto. O seu
mandamento era amar a Deus e ao próximo como a ti mesmo. Ágape é o amor do
amante que não precisa ser amado, o seu amar basta. É uma doação desprovida de
interesse, não ama porque procura o belo, o bem, o bom; ama porque é bonito e
compensador amar. Ama sem a necessidade de ser amado, ama a criança, não porque
é sua, mas a ama porque a criança existe.
Eros, também conhecido como Cupido é
o amor desejo e paixão. O egoísmo e o ciúme podem acabar com esse amor. A
Filia, o amor amizade mesmo procurando a excelência pode sofrer a falta de companheirismo
e o desinteresse do outro e também findar. Mas Ágape é a essência do amor e não
necessita de reciprocidade ele por si só se basta. Um exemplo, dizem que madre
Teresa de Calcutá estava lavando as feridas de um doente, quando alguém lhe
disse: não daria banho nesse leproso nem se me pagassem um milhão. A madre
teria lhe respondido, nem eu, só lavo porque é por amor. Pessoas morreram na
boate Kiss tentando salvar vidas ali, isso é o amor Ágape.