segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

PORQUE O PRATA NÃO SE DESENVOLVE?








        Se observarmos com atenção o desenvolvimento da nossa cidade em relação às outras cidades nossas vizinhas vamos constatar que tem algo errado. Temos uma posição geográfica central, uma produção agrícola de fazer inveja, num dos maiores municípios de Minas Gerais e do país. Porque não crescemos?
        A resposta é: “falta de vontade política”. Os cidadãos pratenses não cobram de seus políticos uma posição progressista, um projeto para o crescimento sustentável de nossa cidade. E o mais triste é continuamos com esse complexo de cidade pequena.
       Gostamos de fazer comparação com Campina Verde, por exemplo, mas lá não tem as benesses que acabei de citar, mas, tem ruas bem traçadas com passeios adequados. Uberlândia cobra dos seus moradores passeios e dão multa por irregularidades. Não tenho nem coragem de mostrar aqui uma foto para corroborar o que digo, todos sabem e vêm nas suas próprias portas um monte de irregularidades,  É vergonhoso, e podemos sair em visita aos bairros novos, que iremos constatar coisas piores. E tem mais, ninguém politicamente tem feito nada, sabe por quê? São covardes, não querem perder votos.
        Vamos colar duas fotos: uma de 40 anos atrás e uma correspondente aos dias de hoje. Não para dize o que está melhor ou pior, mas para analisarmos o que fizemos e o que poderíamos ter feito.

a escola União e Caridade.
      Hotel  Ferreira e Big Hotel.

Biblioteca e Rodoviária     


  Prefeitura da cidade                             
Bambu Bar e a Guarda Mirim

Loja de Tecidos: A Felicidade, o barbeiro Eurípedes Pancada e a Casa da Banda de música.

      
          


                                        

sábado, 14 de janeiro de 2017

SAFADESAS DO CHICO


                                         




        Esta é a sede da fazenda Mutuca construída em 1938, pelo meu avô Neorcio Teodoro de Assunção, hoje propriedade da minha irmã Maria Batista Rodrigues Teodoro. A sede da fazenda fica pros lados do Cachoeiro, a ponte sobre as pedras no rio da Prata naquele local foi ideia do meu bisavô Alfredo Teodoro dos Reis para chegar á Caçada Feia. [1]
Em 1957, com menos de dois anos de idade meu pai João Teodoro de Rezende me entregou aos cuidados da minha avó paterna Maria Batista de Rezende, onde vivi até 1990 nesta fazenda.

        Naquele tempo, as pessoas, não sei se por tradição indígena, traziam o costume de criar em casa animais selvagens. Minha querida avó além dos animais domésticos arranjou uma onça jaguatirica, o animal ficava engaiolado próximo à porta da cozinha. O felino além da alimentação que lhe forneciam aprendeu a pescar com as garras os franguinhos que vinham a beira da gaiola para catar migalhas da alimentação que lhe sobrava.

        Desgostosa como prejuízo, minha avó resolveu trocar o animal predador por um alegre macaquinho que mais nos assemelhava. O esperto animalzinho ficava solto e usufruía de todas as comodidades que a propriedade oferecia. Naquela época minha tia Aparecida era pequenina. Para dar conta dos intermináveis serviços da fazenda, minha avó contava com uma rede na garagem onde deitava a pequena criança.

        Um dia minha avó atarefada nos seus afazeres domésticos, na lavanderia labutava com a sujeira das roupas masculinas enlameadas em consequência do árduo trabalho com a terra. Como a pequenina Aparecida não parasse de chorar, ela foi à garagem conferir o motivo de tão intermitente choro. Foi surpreendida ao encontrar a criança chorando no chão. Desesperada tomou o bebê nos braços, observando a rede viu que ela balançava, abriu as suas bordas e lá estava o peralta macaquinho, o Chico deitado de costas se deleitando com o balançar da sua gostosa cama.
Minha avó desgostosa com as peraltices do Chico tratou de doá-lo para uma comadre vizinha. Sua nova dona teve que voltar diversas vezes para buscar o Chico que fugia para a fazenda Mutuca.



[1]  Penso que esse nome está relacionado às caçadas de porcos “queixadas” que se praticava à época, meu avô contou-me que os porcos tinham grandes presas e que era precisa abrigar em cima das arvores e em baixo eles esperavam rangendo os dentes e espumando a boca.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A FELICIDADE


                                                     

Será que esses meninos vendem alegrias?
Vivemos...
Para que vivemos?
Uai, para sermos felizes!
Somos seres humanos, seres caracterizados por razão e desejos.
Alguns desejos podem nos conduzir por caminhos que ao final, não nos trouxeram a felicidade que gostaríamos, ou seja, não eram tão bons como pareciam serem.
Muitos dirão: serei feliz quando vencer na vida, quer dizer, me tornar rico, conhecido, importante... O pensador alemão Shopenhauer, afirmava que a essência do homem reside em sua vontade se esforçar, ser satisfeita e de novo se esforçar, sim, sua felicidade e bem estar consiste apenas nisso: em que a transição do desejo ocorra rapidamente, pois a ausência de satisfação é o sofrimento, a ausência de novo desejo é o anseio vazio, langor, tédio. A felicidade, portanto é o estado que nos encontramos depois de um desejo satisfeito, e antes da monotonia da falta de desejo. A chave está em satisfazer um desejo que tenha duração prolongada.
Vivemos e fazemos parte da História. Quando nos individualizamos, nos valoramos, tomamos o peso da vida sobre nossos ombros. Quando nos misturamos na humanidade, fazendo a História, dividimos o peso da vida, os sofrimentos e os pecados. Humanamente quando juntos, os sofrimentos são divididos e as alegrias multiplicadas. Adão não pecou sozinho, porque era um indivíduo desobediente, pecamos todos nós juntos na história (mesmo que seja uma alegoria) porque todos somos desobedientes. Hitler não fez a Segunda Guerra Mundial, todos fizeram a guerra. A Felicidade duradoura é alcançada num estado de sublimação, quando o sujeito se destitui da individualidade, de todo seu querer particular, para assim, se elevar a um estado de humanidade.
Quando dizemos que alguém venceu na vida, não quer dizer que essa pessoa seja feliz. A felicidade está relacionada com afetos e não com bens materiais.
A felicidade não nas coisas que possuo
Os bens materiais não fazem parte do ser humano. O dinheiro não é meu porque ele é do mundo. O que me pertence são as relações de sentimentos que socializo com outras pessoas: a amizade, o amor, a camaradagem. Agora, as benesses compartilhadas pelo que o dinheiro pode trazer, nos proporcionam alegrias verdadeiras.
Enquanto indivíduo, o que está no mundo, está fora de mim, portanto não pode me trazer uma felicidade duradoura. Quando deixo de me individualizar eu me sinto parte do mundo como um todo, aí então, posso ter o prazer de me beneficiar das coisas do mundo, juntamente com todos. A verdadeira felicidade pode ser alcançada no amor Ágape: quando amo uma criança, não amo porque é minha, mas a amo porque ela existe no mundo. A Felicidade será alcançada plenamente quando não houver nenhum sofrimento no mundo. A nossa utopia é participar da construção desse mundo.