sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A FELICIDADE


                                                     

Será que esses meninos vendem alegrias?
Vivemos...
Para que vivemos?
Uai, para sermos felizes!
Somos seres humanos, seres caracterizados por razão e desejos.
Alguns desejos podem nos conduzir por caminhos que ao final, não nos trouxeram a felicidade que gostaríamos, ou seja, não eram tão bons como pareciam serem.
Muitos dirão: serei feliz quando vencer na vida, quer dizer, me tornar rico, conhecido, importante... O pensador alemão Shopenhauer, afirmava que a essência do homem reside em sua vontade se esforçar, ser satisfeita e de novo se esforçar, sim, sua felicidade e bem estar consiste apenas nisso: em que a transição do desejo ocorra rapidamente, pois a ausência de satisfação é o sofrimento, a ausência de novo desejo é o anseio vazio, langor, tédio. A felicidade, portanto é o estado que nos encontramos depois de um desejo satisfeito, e antes da monotonia da falta de desejo. A chave está em satisfazer um desejo que tenha duração prolongada.
Vivemos e fazemos parte da História. Quando nos individualizamos, nos valoramos, tomamos o peso da vida sobre nossos ombros. Quando nos misturamos na humanidade, fazendo a História, dividimos o peso da vida, os sofrimentos e os pecados. Humanamente quando juntos, os sofrimentos são divididos e as alegrias multiplicadas. Adão não pecou sozinho, porque era um indivíduo desobediente, pecamos todos nós juntos na história (mesmo que seja uma alegoria) porque todos somos desobedientes. Hitler não fez a Segunda Guerra Mundial, todos fizeram a guerra. A Felicidade duradoura é alcançada num estado de sublimação, quando o sujeito se destitui da individualidade, de todo seu querer particular, para assim, se elevar a um estado de humanidade.
Quando dizemos que alguém venceu na vida, não quer dizer que essa pessoa seja feliz. A felicidade está relacionada com afetos e não com bens materiais.
A felicidade não nas coisas que possuo
Os bens materiais não fazem parte do ser humano. O dinheiro não é meu porque ele é do mundo. O que me pertence são as relações de sentimentos que socializo com outras pessoas: a amizade, o amor, a camaradagem. Agora, as benesses compartilhadas pelo que o dinheiro pode trazer, nos proporcionam alegrias verdadeiras.
Enquanto indivíduo, o que está no mundo, está fora de mim, portanto não pode me trazer uma felicidade duradoura. Quando deixo de me individualizar eu me sinto parte do mundo como um todo, aí então, posso ter o prazer de me beneficiar das coisas do mundo, juntamente com todos. A verdadeira felicidade pode ser alcançada no amor Ágape: quando amo uma criança, não amo porque é minha, mas a amo porque ela existe no mundo. A Felicidade será alcançada plenamente quando não houver nenhum sofrimento no mundo. A nossa utopia é participar da construção desse mundo.

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