terça-feira, 21 de setembro de 2010

A INDIFERÊNÇA.

A sua indiferença é um navio com as velas arriadas.
Brando o vento, que apresenta a sua imagem sem sorriso.
Meu coração preso pelo seu mar, fincado no solo como âncora.
Como um adão sem sua Eva no princípio, estou sozinho no paraíso.

Olho o nada que me cega a vista.
O céu sem nuvens, faz pesar-me os anos.
Lembro que ninguém me espera em lugar nenhum.
Penso em correr porque o silêncio machuca os meus tímpanos.

Triste e perdido navego o céu sem estrelas.
Sem um norte definido vou caminhando a deriva.
Tudo é nada porque nada é tudo e a indiferença é muda.
A angústia me enlaça e sinto escorrer pelo chão minha vida.

VOCÊ.

AMO A SUA MANEIRA DE AMAR
AMO TODA SUA FEMINILIDADE
AMO APRENDER A AMAR COM VOCÊ
VOCE ME FAZ UM GRANDE HOMEM

VEJO EM VOCÊ O MAR
VEJO EM VOCÊ SÓ DOCILIDADE
VEJO PRALÉM DE O SEU SER
VOCÊ ME TRAZ TODA A PAZ

QUERO SEMPRE O SEU GOSTAR
QUERO ESSA SUA FIDELIDADE
QUERO ESTAR NO SEU QUERER
VOCÊ É UM ETERNO APAIXONAR

SINTO AMOR NO SEU OLHAR
SINTO TODA A SUA AMABILIDADE
SINTO POR VOCÊ DESEJO E PRAZER
VOCÊ É TODO O MEU BEM ESTAR

ESTOU AGORA SOB A LUZ DO LUAR
ESTOU ENVOLTO PELO SEU OLHAR
ESTOU PROPENSO SÓ A MELHORAR
VOCÊ ABRIU O PORTÃO DO MEU CAMIHAR



TEODORO
(10/04/10)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

MINHA MENININHA.

Ontem você era a minha menininha.
Quantas vezes no berço te embalei.
Quantas vezes pra você eu cantei.
“é pau, é pedra, é o fim do caminho
é uma roça de toco é um toco sozinho”.

Mas, filho é como um passarinho.
Quando não se espera, ele voa.
Hoje só restam as lembranças boas.
De um tempo que não volta mais.
A menininha continua na cabeça do pai.

Hoje, você é uma linda mulher.
Uma nova família vai construir.
Daqui a pouco também irei partir.
Mas fico na certeza que continuo.
Porque em você fica o meu orgulho.

Que a vida que agora almejas.
Seja repleta de amor e alegrias.
E com o companheiro do seu lado.
Formarão uma família digna e bonita.
E de amor e sabedoria serão sempre ricos.


Filha, o pai ama muito você e o seu companheiro.
E espera que sejam eternamente felizes.

João Teodoro.
22/08/2010.

sábado, 27 de março de 2010

CHORA A TARDE.

A tarde chora copiosamente
Lágrimas de dor no vidro da janela
Em gotas cai toda a tristeza apreendida
No coração marcas dos amores dessa vida

Na enxurrada agora tudo é lixo
Os grandes momentos de amores
Correm para os bueiro da tristeza
O que um dia foi festa, amor e riqueza

Aqui dentro da casa agora só resta o frio
E um coração retalhado, machucado e vazio
Os pingos gritam lá fora uma sonora melodia
Me lembrando de todos os amores que tive um dia

sexta-feira, 26 de março de 2010

POEMA DE DESESPERANÇA.

Uma espera de desespero desesperada
De alguém que jamais será encontrado
Mesmo sem esperança nessa espera me encontro
Dentro dela na espera de alguém que não voltará

Quando vejo seu espectro fico entristecido
Porque lembro alguém outrora amado
Triste agora porque sou sempre lembrado
Nesta espera me desespero em desespero

Sou sempre levado a lembrar a desaparência
De alguém que aparece no meu desespero
Mas alguém que para mim faleceu em vida
Sua imagem aumenta-me no peito uma ferida

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A VIOLÊNCIA GERA VIOLÊNCIA.

Estamos assistindo em nossa cidade uma onda de violência e abuso de autoridade por parte da polícia e outras autoridades. As blitz são realizadas de maneira constrangedora para os cidadãos que são revistados de maneira deseducada sob mira de armas “pesadas”. A violência nunca resolveu nada, as polícias mais brutas são as de menos competência. Em 1829, foi criada a mais competente polícia do mundo na Inglaterra, a Polícia Metropolitana de Londres, SCOTLAND YARD. Seus policiais usavam apenas um pequeno cassetete, e eram muito educados. Durante vários anos resolveram praticamente todos os crimes de Londres. Hoje infelizmente com o tal terrorismo perderam toda a sensibilidade e até já assassinaram o brasileiro Jean Charles de Menezes, 27 anos, no metrô. Os Estados Unidos tentam combater o que eles chamam de terrorismo com a repressão, com a guerra, tortura e os massacres. O resultado dessa violência é o aumento do ódio contra os norte-americanos e assim, novos atentados são premeditados.
No Prata temos assistido o aumento da repressão policial nas ruas e de violência dentro da cadeia. Isso é incompatível com a índole pacífica do pratense. Ouvimos recentemente o Sr. Vencesli fazer uma denúncia na Câmara dos vereadores pela rádio, contra os maus tratos sofrido pelo seu filho que foi alvejado e amarrado com cordas pelos policiais. As autoridades da nossa cidade estão fazendo “vistas grossas” a essas blitz violentas e aos maus tratos sofridos pelos presos nos cárceres, que mais parecem jaulas de animais. Não queremos defender o crime, mais um crime não justifica o outro. Estamos assistindo a inversão dos poderes porque quem deve julgar é o Judiciário. Quem está preso na nossa cadeia se tinha recuperação só vai adquirir mais violência para quando de lá sair praticá-la contra nós indefesos cidadãos.
Todos os especialistas sabem que a repressão não resolve crime nenhum, só transfere o problema. Os criminosos vão para outras cidades e depois voltam novamente. O que acaba com a droga e com o crime em geral é a educação de qualidade, famílias bem estruturadas e preparadas para terem filhos. O Estado deve ter maior participação na prevenção e nos programas sociais. A justiça deve ser mais bem aparelhada e preparada. Não chegamos ao exagero do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes que criticou as algemas usadas no ex-prefeito de São Paulo, Celso Pita envolvido em vários crimes. Mas, também não queremos aqueles que esperamos nos proteger cometerem abusos passando por cima da lei.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O QUARTO PODER.

Quando dom Pedro I outorgou a primeira Constituição brasileira, ele inventou o quarto poder, o poder moderador. Esse poder cabia ao imperador que podia decidir em favor do que ele entendia melhor, ou seja, era um poder muito forte.
O sistema político ocidental moderno é marcado pela divisão do antigo poder absolutista dos reis em três: legislativo, executivo e judiciário. O legislativo cria as leis, o executivo as executa e o judiciário zela pelo correto cumprimento das leis. Mas no Brasil ainda continuamos com o quarto poder, que foi assumido pelos meios de comunicação.
Fernando Collor era completamente desconhecido pela grande maioria da população brasileira quando foi apresentado pela mídia como caçador de marajás. Estava decidido, ele seria o presidente do país. Mas, Collor não satisfez o interesse dos meios de comunicação, que por isso resolveu destituí-lo do cargo, e para isso convocou os “caras- pintadas”. Assim durante toda a história do Brasil ”independente” tivemos as indústrias da informação trabalhando para o seu próprio interesse.
No meio do século passado Carlos Lacerda monopolizou os meios de comunicação do Rio de janeiro e assim conseguiu derrubar vários presidentes da República do Brasil. Para conseguir seu intento, Lacerda priorizava e distorcia os fatos. A mídia (palavra derivada de mediano e medíocre) pretende ser o quarto poder para dominar a massa acrítica ao seu bel prazer.
Existe no Brasil hoje uma corporação midiática que pretende continuar com o quarto poder nas mãos. Essa indústria da informação apresenta as notícias de modo parcial. Quando sai uma notícia de denúncia na Veja, ela é repetida várias vezes pelas emissoras de televisão e os deputados e senadores (legislativo) vão ao congresso com suas manchetes debaixo do braço. As chamadas CPIs (comissão parlamentar de inquérito) obedecem rigorosamente às denúncias apresentadas pelos jornais, deixando de preocupar com possíveis outras ilicitudes. Observa-se uma imensurável parcialidade que olha os fatos de uma perspectiva unilateral, sempre privilegiando determinados grupos políticos.
Se nós brasileiros quisermos uma democracia para todos, temos que acabar com o quarto poder. O julgamento méritoso dos fatos deve caber único e exclusivamente ao povo. A mídia deve cumprir seu papel informativo e imparcial. Não votamos no quarto poder, não autorizamos concessões dos meios de comunicação e temos dúvidas de como vão facilmente parar em determinadas mãos. Se quisermos uma verdadeira democracia no Brasil temos que também democratizar os meios de comunicações. Este modelo midiático é injusto e caótico, só contribui para a continuação da miséria e o crescimento da violência no nosso país. Aliás, é principalmente alimentado pela indústria da violência.

MINHA HISTÓRIA DE AMOR.

Já vivi nessa vida muitos amores
Trago o coração marcado de feridas
Mas, minha história começa agora
Sua luz fez sumir todos os dissabores

Olho nos seus olhos lindos de fada
Eles me mostram uma linda estrada
Nela vou à busca do paraíso perdido
Com você sou tudo, sem não sou nada

Seu olhar é um belo arco-íris
No fim existe um pote de ouro
Contigo vou escrever outra história
Ao final gozar com você no paraíso de Osíris.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

SEU BEIJO.

Seu beijo quente é como o sol
Enche de luz meu caminho
Quando você me beija
Perco-me num desejo em caracol
Depois me encontro seguro
É seu corpo, não estou sozinho
O úmido dos meus lábios
Me trás um gosto de ameixa
E a lembrança dos seus, carminhos
Nessa desvairada paixão me encontro
E ao mesmo tempo me perco

Não me emporto, não quero saber
Se tenho de você carinho
Seu bejo me dá muito prazer
Me sinto em outro mundo
Quero seu beijo quente e louco
Me dá seus lábios meu amor
Não reprima essa paixão
Deixa esta desvairada loucura
Transmitir calor ao meu ser
Quando me dá sua boca
Nesse delírio só quero você.