domingo, 8 de novembro de 2009

A POLÍTICA HUMANA.

O ser humano sobreviveu a todas as intempéries e catástrofes até hoje, porque ele tem uma característica peculiar e própria, a solidariedade. Nos tempos remotos as pessoas precisavam viver em comunidades para se defenderem das feras que os atacavam constantemente. Era preciso que todos se associassem na defesa do grupo, ou, mesmo para matar animais para se alimentarem.
Tempos depois as pessoas criaram as cidades. Ali, se completavam as necessidades uns dos outros, alguns faziam o trabalho que outros não faziam, ou não sabiam fazer, mas que todos precisavam. Os médicos, os carpinteiros, os ferreiros, os religiosos, os vendedores, e assim por diante, dependendo das necessidades daquela sociedade em particular. O progresso e a estabilidade de uma cidade dependiam muito da sociabilidade dos seus habitantes. Alguns completavam o que faltava nos outros, como uma verdadeira fraternidade.
Agora as cidades cresceram, os homens se tornaram capitalistas, no sentido de estar o tempo todo pensando no dinheiro. “Será que vou conseguir pagar isso, ou, será que conseguirei o empréstimo para comprar aquilo, estou tendo lucro neste negócio, porque meu vizinho sempre compra um carro melhor do que o meu?”. Desde crianças aprendemos a competir nos jogos, nas paqueras, no vestibular, no primeiro emprego, na sobrevivência dentro da empresa. Isso tudo transformou a cooperação de outrora em competição particular e pessoal. No seu egoísmo o ser humano deixou a sua principal virtude par trás, a de ser humano. A indiferença cada vez maior em relação aos problemas dos outros, a vulgaridade das relações, que se transformaram o que se chamava de amizade em apenas relações frias e calculadas.
O interesse e o egoísmo conduzem as pessoas cada vez mais para o frívolo e paro o egoísmo. A violência aumenta cada vez mais, mesmo com a repressão do Estado. A corrupção brota e cresce como uma erva daninha nas instituições. A natureza é depredada em benefício do lucro fácil. Algumas vozes solitárias clamam por socorro, estamos indo num caminho que nos conduz diretamente para o precipício. Mas não são ouvidas, porque ninguém mais ouve o outro.

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