segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A POLÍTICA.

Na vida, sempre somos impelidos para a convivência, ou seja, para a relação pessoal que nos possibilita a compreensão e aceitação de nós mesmos pelo outro, muitas vezes apoiados numa troca, que busca pura e unicamente uma relação de ter no outro um parâmetro para justificar os nossos desejos e o fundamento para a nossa própria existência. Quando nos comunicamos estamos impondo o nosso querer, para que o outro o aceite sem objetar. A vida é uma busca de poder e satisfações pessoais justificadas pelo poder de argumentação, ou seja, pela capacidade falaciosa que possuímos. Quem consegue argumentar melhor ou com mais insistência é o mais importante, e é aquele que vai levar vantagens substanciais numa relação pessoal e social.
A nossa sociabilidade é a somatória das nossas relações pessoais, ou seja, se conseguirmos arrebanhar pessoas para aceitar as nossas ideias e nosso “querer o mundo”, então estamos no caminho certo da política. O prefeito, o deputado, o presidente é o cara que consegue envolver as pessoas para que aceitem suas idéias pessoais. Hitler dizia que a massa, é feminina e que ela gosta de grandes mentiras. Sabemos que numa relação amorosa impera o elogio e o galanteio. Se quisermos conquistar uma mulher nunca devemos dizer a verdade. Principalmente porque não há nada mais estranho a uma mulher do que a verdade. A verdade é agressiva e nua, porque ela não faz reverência a ninguém seja rico ou pobre, velho ou jovem.
Sempre falamos de virtudes, de justiça, mas estamos sempre pensando nos outros, porque quando a questão é do nosso interesse, aí só impera a vantagem pessoal. Estamos sempre indignados com algum político, mas na vida particular sempre pensamos em levar vantagens. Para moralizar as instituições políticas é preciso, principalmente, que façamos uma revolução em nós mesmos. Que valorizemos a educação de verdade, a justiça pura e soberana, não essa que alguns pensam ser o seu patrono. É preciso que todos sejam honestos e não somente alguns. Donde sai os políticos senão do meio do povo.
O político consegue transitar por todas as esferas, seja relacionado com a saúde, com o econômico, com o espiritual, religioso, e assim por diante. Na cidade temos as igrejas, os hospitais, as lojas, as fábricas, as farmácias, as residências, etc. Ligando tudo isso, estão as ruas e avenidas, ou seja, o que é público. Esse espaço é de todos, portanto deveria pelo ao menos ser defendido por todos. Mas, é exatamente o contrario que observamos, todos querem quebrar, pichar, roubar. É nesse espaço que movimenta o político, ou seja, onde existe a ligação com os outros setores particulares. Precisamos dessa ligação para que tudo esteja em equilíbrio na nossa cidade. Doninho. (03/08/09)

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