quarta-feira, 15 de julho de 2009

O SOFRIMENTO HUMANO.

Muitas vezes já ouvimos dizer que viver é sofrer. Mas, a verdade é que quando chegamos a esse mundo começa o padecer e o choro. Na barriga da mãe não sentíamos fome nem frio. À medida que vamos deixando de brincar, de ser criança e nos tornamos adultos, largamos de brincar e tendemos ao sofrimento, porque muitos dos nossos sonhos vão sendo frustrados. A criança vive num mundo de fantasia, mas à medida que adultera seu modo de ver e de sentir o mundo se torna adulto, ou seja, adultera a maneira de divertir-se infantilmente.
Deveríamos viver sempre como vivem as crianças, num mundo de heróis e fadas. Mas, crescidos nos tornamos adúlteros quanto mais egoístas vamos ficando. Aprendemos a nos corromper à medida, que a ambição de nós vai se apropriando. E a ambição desenfreada é como uma cobra que dá bote para todos os lados e acaba por morder o próprio rabo. Quando éramos crianças, felizes brincávamos e corríamos por todos os lugares. A infantilidade perfeita e bonita começa a se debilitar à medida que chega a falta dessa alegria fácil. Havia muito mais vontade de vida, mesmo que despreocupada. A corrupção debilita o estado juvenil, diminuindo a felicidade de ser humano. O que era completo e bonito vai deixando de ser. Quanto mais se corrompe, logo, mas tende para a destruição, que é o deixar e esquecer a felicidade pueril.
O ressentimento é o pior dos males que nos aflige, porque é como uma ferrugem que corroe. Não conseguimos perdoar aqueles que nos fizeram mal ou acreditamos que nos tenham feito. Devagar, quanto mais remoemos, quanto mais maldizemos, temos mais e mais nossas entranhas corroídas. Ficamos doentes e nem percebemos por que. Sentimos angústia e não sabemos por que a sentimos. De onde vem e nem porque vem para o nosso corpo. Tornamos-nos ansiosos, ou seja, sentimos muito mal, antes que alguma coisa nos aconteça. E na maioria das vezes não nos acontece. Sofremos por nada. É quando se pensa em fugir desse mundo. Bebidas, drogas e o sono podem ser paliativos para não se pensar em suicídio.




DONINHO (15/07/09).

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