A elite branca sente-se no dever de
salvar os trabalhadores do governo dos próprios trabalhadores. Podemos até
concordar que algumas medidas foram tomadas pela presidenta de maneira a
prejudicar a classe trabalhadora, talvez uma política equivocada para manter
melhores condições de governabilidade, o que sempre se transforma num tiro no
próprio pé. Acaba por desagradar a direita e também a esquerda.
O deputado Paulinho da força sindical
e o Bolsonaro foram impedidos de falar nas manifestações de 16 de março. Aécio
Neves, os vereadores, deputados e senadores tucanos não compareceram. Isso pode
até nos alegrar, mas o problema é que não há democracia representativa sem os
políticos e partidos.
É interessante percebermos que as
pessoas que geralmente pregam as manifestações, são burgueses da classe média,
nas redes sociais sempre aparece alguma loira, oxigenada ou não, que conclamam
a população pobre, muitas vezes de maneira agressiva como se fossem excluídos
do mundo do pensamento.
A mídia de maneira orquestrada solta
notícias de desmandos e corrupções como se fosse eternizar a desgraça que
chegará a qualquer momento para devorar as pessoas indefesas. O clima fica
muito pesado, a repetição transforma-se em verdade: o Apocalipse está chegando.
A repetição dos desmandos aparecem de maneira continuada e tudo fica tão
latente, tão insuportável, que muitas pessoas se revoltam até contra a própria
mídia. Muitos repórteres já foram agredidos verbalmente e até fisicamente.
Cabe à elite salvar o mundo das
culturas, tem a missão de mostrar que os trabalhadores estão excluídos do mundo
do pensamento, como também do mundo dos valores éticos e estéticos. No entanto
mostram respeito aos inferiores quando praticam a caridade. A generosidade, tal
como concebe a direita é um pretexto para o homem superior manifestar sua “importância”
e sua “superioridade”.
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