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ÍNDIOS GUAICURUS |
A cidade do
Prata foi fundada numa região das mais inóspitas do nosso país. Para
atravessar o Triângulo Mineiro era preciso passar por índios equestres, os
Guaicurus guerreiros que possuíam de 6.000 a 8.000 cavalos. Nas águas poderíamos
contar com os seus aliados os Paiaguás, que escondiam dos tiros dos bandeirantes
debaixo de suas canoas viradas. Os Caiapós eram os mais numerosos hostis, violentos e canibais. Os Bororos aliados dos bandeirantes construíam aldeias ao
longo da estrada Anhanguera para proteger os garimpeiros que iam para as minas
de Goiás. Formaram-se assim os primeiros núcleos de povoamento do “Sertão da
Farinha Podre”. Antes dos Bororos muitos burros foram encontrados com os seus
arreios cheios de ouro pastando e por perto seu dono morto pela fome.
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ÍNDIOS CAIAPÓS |
Também por
aqui foram construídos vários Quilombos o mais importante deles foi o do
Ambrósio. Destruído por Bartolomeu Bueno, neto do bandeirantes Anhanguera. Com o fim do ouro e a necessidade de terras novas
para a criação de gado muitos vieram para o Triângulo a procura de terras
férteis. O avô do avô do meu avô, Antônio Joaquim de Andrade construiu a
primeira Câmara em 1870. E em 1873, o presidente da Província de Minas Geris,
Venâncio José de Oliveira Lisboa, sancionou a lei na 2002, de 15 de novembro,
que elevou a vila do Prata à categoria de cidade do Prata.
Os nomes das
cidades eram geralmente naquele tempo, associados a lugares, a nomes indígenas ou nomes de
santos. Uberaba, referente ao rio Uberaba, nome indígena que significa água clara.
O Prata, também referente ao rio da Prata, onde teria sido encontrado um
machado de prata. As pessoas mais antigas sabem corretamente formular frases
como: “sou do Prata e sou molhado”. As pessoas que não sabem da verdadeira
origem do nome da nossa cidade fazem confusão dizendo: “cidade ‘de’ Prata”.
Nunca por aqui encontramos prata, não temos casas prateadas nem tiramos o
segundo lugar, com medalha de prata.
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ÍNDIA BORORO, dando aula ao filho |
A língua
portuguesa admite na sintaxe a metáfora (exagero) “estou morto de fome”, a
metonímia (troca de nome) “vamos tomar um porto”, a elipse (a omissão de uma
palavra ou expressão), subentendidas na frase. Por exemplo: na queda nenhum
arranhão. O nome da nossa cidade é: “cidade do Rio da Prata”. Tiramos (Rio da)
fica: “cidade do Prata. No sul temos a Bacia do Prata. Aqui em Minas Gerais
também temos a cidade de São Domingos “DO” Prata. Portanto em 15 de novembro a
república faz 127 anos e O Prata faz 143 anos VIVA “O” PRATA.
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