domingo, 6 de novembro de 2016

O NOME E A HISTÓRA DO PRATA: 143 anos






ÍNDIOS GUAICURUS
          A cidade do Prata foi fundada numa região das mais inóspitas do nosso país. Para atravessar o Triângulo Mineiro era preciso passar por índios equestres, os Guaicurus  guerreiros que possuíam de 6.000 a 8.000 cavalos. Nas águas poderíamos contar com os seus aliados os Paiaguás, que escondiam dos tiros dos bandeirantes debaixo de suas canoas viradas. Os Caiapós eram os mais numerosos hostis, violentos e canibais. Os Bororos aliados dos bandeirantes construíam aldeias ao longo da estrada Anhanguera para proteger os garimpeiros que iam para as minas de Goiás. Formaram-se assim os primeiros núcleos de povoamento do “Sertão da Farinha Podre”. Antes dos Bororos muitos burros foram encontrados com os seus arreios cheios de ouro pastando e por perto seu dono morto pela fome.

ÍNDIOS CAIAPÓS
          Também por aqui foram construídos vários Quilombos o mais importante deles foi o do Ambrósio. Destruído por Bartolomeu Bueno, neto do bandeirantes Anhanguera.  Com o fim do ouro e a necessidade de terras novas para a criação de gado muitos vieram para o Triângulo a procura de terras férteis. O avô do avô do meu avô, Antônio Joaquim de Andrade construiu a primeira Câmara em 1870. E em 1873, o presidente da Província de Minas Geris, Venâncio José de Oliveira Lisboa, sancionou a lei na 2002, de 15 de novembro, que elevou a vila do Prata à categoria de cidade do Prata.           
          Os nomes das cidades eram geralmente naquele tempo, associados a lugares, a nomes indígenas ou nomes de santos. Uberaba, referente ao rio Uberaba, nome indígena que significa água clara. O Prata, também referente ao rio da Prata, onde teria sido encontrado um machado de prata. As pessoas mais antigas sabem corretamente formular frases como: “sou do Prata e sou molhado”. As pessoas que não sabem da verdadeira origem do nome da nossa cidade fazem confusão dizendo: “cidade ‘de’ Prata”. Nunca por aqui encontramos prata, não temos casas prateadas nem tiramos o segundo lugar, com medalha de prata.
         

ÍNDIA BORORO, dando aula ao filho
A língua portuguesa admite na sintaxe a metáfora (exagero) “estou morto de fome”, a metonímia (troca de nome) “vamos tomar um porto”, a elipse (a omissão de uma palavra ou expressão), subentendidas na frase. Por exemplo: na queda nenhum arranhão. O nome da nossa cidade é: “cidade do Rio da Prata”. Tiramos (Rio da) fica: “cidade do Prata. No sul temos a Bacia do Prata. Aqui em Minas Gerais também temos a cidade de São Domingos “DO” Prata. Portanto em 15 de novembro a república faz 127 anos e O Prata faz 143 anos VIVA “O” PRATA.

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