quinta-feira, 24 de novembro de 2016

BRASIL, O PAÍS DOS "GOLPES"



"Golpe" aqui é considerada todas imposições acima das convenções estabelecidas pela Lei.

          Até hoje não ficou esclarecido se o Brasil foi descoberto em 1500 por acaso ou se era uma determinação de Portugal para Cabral aqui desembarcar e apossar das terras. Em 1808, a família real de Portugal veio para o Brasil dando um “golpe” em Napoleão Bonaparte que invadiu Portugal na esperança de dominar aquele país. Quando dom João voltou a Portugal aqui deixou seu filho para numa eventualidade assumir o governo: um “golpe”. Em 1822, dom Pedro desobedeceu ao chamamento para regressar a Portugal e decretou a Independência do Brasil, dando um “golpe” em Portugal. Em 1889, o marechal Deodoro deu um golpe na monarquia decretando a República que ficou conhecida como República do café-com-leite, ou seja, por um tratado, “golpe”, quem governava o país era São Paulo (café) depois Minas Gerais (leite), assim sucessivamente. Em 1930, num “golpe” o gaúcho Getúlio Vargas assume o governo, dá um novo “golpe” em 1937, decretando o Estado Novo e saiu em 1945, ao receber um “golpe” militar que o depôs. Volta em 1951 e governa até 1954, quando pela imposição de um “golpe” militar para deixar o governo depois de ser acusado de um atentado contra Lacerda, se suicida comum tiro no peito.  Eleito Juscelino Kubitschek, só pôde tomar posse depois que o General Lott, deu um “golpe” destituindo Carlos Luz para que JK pudesse assumir a presidência da República e construir Brasília.  Jânio Quadros renunciou em 1961, quando o seu vice Goulart estava em viajem à China, pretendendo dar um “golpe” de Estado, que não deu certo. João Goulart só tomou posse depois de um “golpe” militar que criou um Estado Parlamentar. Em 1964, a nação sofreu um “golpe” militar que sufocou a democracia brasileira por 21 anos. Em 1985 Tancredo, foi eleito pelo Colégio Eleitoral, mas morreu antes de assumir a presidência da República, morte inexplicável, seria um “golpe”? Em 1990, assume a presidência Fernando Collor, que destituído por um impeachment, orquestrado pela grande mídia, “meio golpe”. Em 1916, depois de ser eleita para o segundo mandato a presidenta Dilma sofre um ataque ininterrupto da mídia e de grupos de direita contra a política dos programas sociais. O congresso orquestrado com interesses internacionais não a deixa reagir às dificuldades impostas pela crise internacional. Um governo democrático é dividido em Legislativo que faz as leis (nesse período não aprovou nenhuma lei para ajudar o país, pelo contrário as chamadas pautas bombas eram aprovadas com o intuito de agravar a situação que mergulhava o país, como se quisessem que o navio afundasse com todos os brasileiros dentro). O judiciário completamente imparcial preocupado somente com o aumento dos seus salários e pretendendo um poder acima dos outros, ou seja, acima da própria Constituição Brasileira. 
          Michel Temer é a imagem da República Brasileira, ou seja, o “golpe”, a mentira, a hipocrisia, e o mais triste de tudo isso é saber que não temos voz suficiente para alertar “o povo marcado e feliz” que caminha para o abatedouro.

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