“Há sempre alguma loucura no amor. Mas há
sempre, também, alguma razão na loucura.
(NIETZSCHE, Assim falou Zaratustra, p.57)
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A definição
de amor pode ser muito extensa ou muito resumida. Alguns poemas de amor são
prolixos e mesmo assim parecem não dar conta de abarcar todo o escopo do amor.
O amor é a aprovação e afirmação do outro é um desejo de estar junto com o
outro. O amor é uma tentativa de penetrar no outro ser, mas só pode ser
realizado sob a condição de que a entrega seja mútua.
O amor
dá força e motivação para os seres construírem algo que possa melhorar e trazer
mais prazer às suas vidas. É imaginado, abstrato, por isso a dificuldade que se
tem de defini-lo. Amar não pode ser um ato egoísta, é um ato ético porque nos
defronta perante a figura do outro. O amante não ama diretamente o outro mas a
ideia que ele faz do outro. Alguns amores podem ser platônicos porque nunca
podem ser correspondidos. O amor só existe plenamente quando o amante é também
amado.
Quando
só um ama, o amor não se completa, é como o inseto hipnotizado pela luz da
lâmpada. O inseto é amante, mas a lâmpada não tem nenhuma relação com o inseto.
O amor tem perdido muito com o sistema capitalista e descartável que vivemos.
As trocas de parceiros, tem criado um querer muito transitório que não permite
o amor. A paixão pode se transformar em amor com o tempo, mas o tempo parece
correr tão depressa que o amor cada vez mais se torna raro.
Se
quisermos salvar o amor temos que repensar o sistema de vida que estamos
construindo. Algumas virtudes criam o ambiente necessário ao nascimento do
amor: a fraternidade, o companheirismo, a empatia, a simpatia. O egoísmo e a
busca desesperada por bens materiais transforma em deserto a terra fértil onde
nascia o amor. Antes que o amor seja extinto é preciso que façamos uma
revolução em nós mesmos e no sistema de Estado que tem nos tutelado para que deixemos
de ser humanos para nos tornar homens e mulheres insensíveis e robotizados.
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