terça-feira, 21 de abril de 2015

O ENTREGUISMO DA PETROBRAS SE REPETE.


Logo depois da Segunda Guerra Mundial, 1945, o Brasil era obrigado a importar quase todos os derivados de petróleo que consumia. Os grandes trustes queriam explorar o petróleo brasileiro à maneira do venezuelano. Durante a elaboração do Estatuto, em abril de 1947, acendeu uma das maiores campanhas política de nossa história, que tinha o slogan; "O Petróleo é nosso". Em abril de 1948, a campanha se alastrava por todo território nacional. Seu alvo central era o próprio "Estatuto do Petróleo". Era uma campanha de cunho popular, o maior movimento que já fizemos no Brasil contra as leis que não defendiam os interesses nacionais, mas as exigências dos grandes monopólios petrolíferos estrangeiros, particularmente do truste norte-americano chefiado pela Stardard Oil, que teve interferência direta na elaboração do Estatuto do Petróleo.

Os nacionalistas liderados pela união dos estudante, UNE, organizou até um concurso com a eleição da "Rainha do Petróleo Brasileiro", vencido por PETROnilha Pimentel, que se fez fotografar de braços abertos com o petróleo baiano a gotejar de suas mãos.


  Getúlio foi eleito pelo voto popular em 1950 e tomou posse a 31 de janeiro de 1951. A UDN, que hoje se parece fortemente com o PSDB, tentou sem êxito impugnar sua eleição. Logo depois passaram a contestar os resultados eleitorais com argumentos duvidosos e apelar para a intervenção das Forças Armadas. O Exército Brasileiro estava dividido na época entre os nacionalistas e os chamados de "entreguistas", que defendiam o alinhamento com os Estados Unidos. A UDN congregava a elite descontente. Partido do setor privado, dele faziam parte altos dirigentes de grupos financeiros, como: José de Magalhães pinto, proprietário fundador do Banco Nacional de Minas Gerais, Pedro Aleixo, diretor do Banco Hipotecário e Agrícola de Minas. Jornalistas como Assis Chateaubriand, dos Diários Associados, Herbert Moses, de O Globo, e os Mesquitas, O estado de S. Paulo.


 A Petrobras foi criada por um projeto que Getúlio apresentou ao legislativo em dezembro de 1951, sob o n° 1.516. Compunha-se de 31 artigos e em nenhum deles havia um dispositivo que estabelecesse o monopólio da União. De todos os opositores de Getúlio, o mais ruidoso e radical era o jornalista da UDN ( nos lembra o PSDB) Carlos Lacerda (nos lembra o Aécio). A partir de 1953, Roberto Marinho ofereceu a Lacerda os microfones da Rádio Globo ( hoje é a TV), mas Assis Chateaubriant o pôs no ar na Tv Tupi. Com mídia nacional, Lacerda exigia a renuncia de Vargas e apelava às Forças Armadas para que elas "restabelecessem a democracia  no Brasil".
     Na madrugada de 5 de agosto de 1954, o pistoleiro Alcino do Nascimento tentou matar Lacerda. Culparam Getúlio e o movimento que pedia sua renúncia assumiu imensas proporções. A 23 de agosto, tornou-se claro que o governo perdera o apoio das Forças Armadas. Quando o cerco se apertou ainda mais, Getúlio Vargas respondeu com um último e trágico ato. Na manhã de 24 de agosto, suicidou-se em seus aposentos no Palácio do Catete, desfechando um tiro no coração. Antes de tirar a própria vida Getúlio escreveu uma carta onde afirmava que a oposição se opunha à defesa das fontes fundamentais de energia, corporificadas na Petrobras e na Eletrobras. A Petrobras com a exploração do Pré-sal será a maior empresa de Petróleo, suas ações já estão subindo principalmente pela aquisição de seus papeis pelos gringos. A população brasileira não pode baixar a guarda, já perdemos muitas empresas para o entreguismo da direita como a Vale, Embraer e tantas que fico triste em lembrar.


  

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