terça-feira, 26 de julho de 2016

A AMÉRICA PARA OS AMERICANOS ( EUA )


          



        O século XXI iniciou-se com a alegre impressão que os EUA tinha dado autonomia aos países latinos americanos. Os EUA estavam com a atenção voltada para o Oriente Médio, logo depois o terrorismo tomou toda a sua preocupação. Assim, pudemos respirar aliviados e cuidar dos nossos problemas que não são poucos. Quase todos os países latinos americanos elegeram governos de esquerda, menos a Colômbia, que sofre uma influência forte dos Estados Unidos e o México que reclama por fazer divisa com esse país. Há muitos anos eles repetem: “vida triste do mexicano longe de Deus e perto dos EUA”. Também pertos dos EUA, estão Guatemala e Honduras, países com governos de direita, altos índices de corrupção e que também sofreram recentemente com “impeachment”.

        O Brasil com Lula, um metalúrgico no poder, parecia ter acordado, “O Gigante”. Deixou de se submeter à tutela do FMI e começou a participar com os países emergentes de discussões políticas a nível mundial. O Brasil e os países emergentes, com 25% da economia mundial, fundaram o grupo do BRICS. Só a Argentina com uma mulher no governo parecia não conseguia decolar e em 2015 assume o governo direitista de Macri. Mas, em sua maioria os países latino-americanos tentavam melhorar a vida de seus povos que foram por séculos tão duramente espoliados, explorados e maltratados. No Uruguai o governo do líder de esquerda José Mujica aprovava o casamento entre pessoas do mesmo sexo, legalizava a realização do aborto e do consumo de maconha.

        Evo Morales, um índio no governo da Bolívia de orientação socialista, tem atentado para a nacionalização de setores chave da economia e a implementação da reforma agrária. Enquanto o governo de Raul Castro em Cuba deixa de ser espezinhado pelos Estados Unidos. O governo da Venezuela sofre com uma luta sem trégua da direita raivosa daquele país. Depois da morte de Chaves, Maduro sofre boicote e manifestações orquestradas pelos setores conservadores venezuelanos. A crise nesse país ainda sofre a queda do preço do petróleo que é sua principal renda.

        No Paraguai um governo de formação religiosa sofreu um impeachment relâmpago, ou seja, o presidente Lugo foi destituído, sem se provar, nem ter o direito de defesa, em 22/06/2012. No Brasil, está marcado para o mês de agosto de 2016 o julgamento de um processo no Senado brasileiro que pode afastar a presidenta Dilma Rousseff eleita com 54 milhões de votos.

        A atenção dos EUA volta novamente para a America Latina, os países latino-americanos começam a ser marcados novamente por governos de direita subordinados ao Tio Sam, será que sempre seremos subjugados por esse espoliador e explorador de trabalhadores. A riqueza do mundo continua a ser concentrada na mão de cada vez menos pessoas e grande parte abandonada aos barcos de refugiados ou à própria sorte, sem educação e condições de sobrevivência dignas.

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