O jornalista
argentino Juan Manuel Fonrouge, presidente da Unión Latinoamericana de
Agências de Notícias (Ulan), citado pela jornalista da revista Caros Amigos, n°221/2015,
p.24, Fania Rodrigues, na matéria intitulada Mídia Latina Refaz “Operação
Condor”, ficou conhecido depois que denunciou o que ele classificou como “Plano
Condor Midiático”. O plano segundo Fonrouge, foi orquestrado por empresas como
a Globo, do Brasil; o Clarin, da Argentina; El Mercúrio, do Chile; El Universo,
do Equador; Globovisión e El Nacional, da Venezuela, entre outros. O objetivo é
construir uma única linha editorial para atacar os governos e organizações de
esquerda na América Latina. “Os grandes meios de comunicação são a arma da
direita para instaurar seus interesses. Apoiaram fraudes eleitorais, golpes de
estados, cooptação dos partidos populares, agora, os ‘golpes brandos’ têm esses
meios como seus principais protagonistas”. Fonrouge, depois dessa denúncia ficou
conhecido mundialmente.
O grupo
conta também com a participação da Fox Newes, um canal de extrema direita, o
Google, fornecedores de telefonia e a Frisa Buen Abad. Quer controlar também o
petróleo, a produção agrícola e pecuária, as reservas aqüíferas de todo
continente sul americano. Para conseguir esse intento bombardeiam com notícias
estrategicamente orientadas para provocar a destabilização dos governos nacionalistas
de posições mais à esquerda.
No Brasil a
mídia, chamada por Paulo Amorim de PIG, partido da imprensa golpista, que
emprestou o nome a um livro seu. A partir do segundo mandato da presidente Dilma,
a imprensa e a TV passaram de maneira orquestrada a soltar notícias desfavoráveis
ao governo do PT de maneira que não fossem esquecidas pela população. As
pessoas durante o ano de 2015 ouviam e repetiam: “é culpa da Dilma”. Tudo era
culpa da presidenta que passou a ser xingada e achincalhada em público. Mais ou menos
como Hitler fazia para jogar a população alemã contra os judeus que também
passaram a ser culpados por todos os males e mazelas da Alemanha.
Manifestações começaram a ser incentivadas e financiadas contra o
governo do PT. Surgiram grupos de direita para chamar a população
descontente com alguma questão para as passeatas de rua. Promoveram marchas
pelo país terminando com a entrega de reivindicações em Brasília. Tudo
devidamente registrado e propagado pela mídia, ou seja, teatralizado de maneira
a chamar a atenção da população que tem somente esses meios de comunicação para
a formação de sua consciência.
Quem banca
monetariamente essas operações são os Estados Unidos da América, através de ONGs
que disfarçam os financiamentos de entidades de caráter sem fins lucrativos. Numa
fala de Paulinho que viralizou pela internet, ele diz que não falta dinheiro
para o impeachment. Com
recurso sobrando, o ódio é propagado e multiplicado. A esquerda que defende as
minorias passa a ser o lobo dos necessitados e dos trabalhadores, numa total inversão
da realidade.
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Prof. Doninho de História e Filosofia. |