domingo, 26 de julho de 2009

TRISTEZA E ALEGRIA.

Saudades dos tempos idos...
Saudade da minha infância
Dos primos e amigos...
Das brincadeiras de esconde-esconde
Lembranças que mexem comigo
Lembranças que vão se misturando...
Mas esse sentimento antigo
Continua ferindo meu coração
Sentimento claro, forte e colorido
Que me faz triste e alegre
Sensações de um tempo perdido...


Sinto um prazer dolorido
Lembro das primas bonitas
Silhuetas de mulheres no vestido
Com elas gostava de brincar
No Pique, com uma escondida
Tempo de sonho de crianças
Brincadeira de heróis e bandidos
E o tempo que corria despreocupado
Sentimentos que agora me faz perdido
Vivíamos no mundo do faz de conta
Hoje tão diferente e tão encardido

segunda-feira, 20 de julho de 2009

MORENA.

Você me chegou de repente...
Com sua voz clara e sensual
Seu andar cheio de derrengue
Apareceu-me como um temporal

Penso nas nossas diferenças
Você é menina tão doce...
Os preconceitos e as crenças
Essas ideias cortam como foice

Essa paixão me enlouquece
Difícil, de ter um bom final
Você com esse jeito moleque
E eu nesse dilema... Esquece!

Penso nas dificuldades dessa paixão
Às vezes acredito que não temos chances
Mas insisto, porque me queima o coração
E, espero que Cupido abençoe esse romance


Doninho. (23/05/2009)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O SOFRIMENTO HUMANO.

Muitas vezes já ouvimos dizer que viver é sofrer. Mas, a verdade é que quando chegamos a esse mundo começa o padecer e o choro. Na barriga da mãe não sentíamos fome nem frio. À medida que vamos deixando de brincar, de ser criança e nos tornamos adultos, largamos de brincar e tendemos ao sofrimento, porque muitos dos nossos sonhos vão sendo frustrados. A criança vive num mundo de fantasia, mas à medida que adultera seu modo de ver e de sentir o mundo se torna adulto, ou seja, adultera a maneira de divertir-se infantilmente.
Deveríamos viver sempre como vivem as crianças, num mundo de heróis e fadas. Mas, crescidos nos tornamos adúlteros quanto mais egoístas vamos ficando. Aprendemos a nos corromper à medida, que a ambição de nós vai se apropriando. E a ambição desenfreada é como uma cobra que dá bote para todos os lados e acaba por morder o próprio rabo. Quando éramos crianças, felizes brincávamos e corríamos por todos os lugares. A infantilidade perfeita e bonita começa a se debilitar à medida que chega a falta dessa alegria fácil. Havia muito mais vontade de vida, mesmo que despreocupada. A corrupção debilita o estado juvenil, diminuindo a felicidade de ser humano. O que era completo e bonito vai deixando de ser. Quanto mais se corrompe, logo, mas tende para a destruição, que é o deixar e esquecer a felicidade pueril.
O ressentimento é o pior dos males que nos aflige, porque é como uma ferrugem que corroe. Não conseguimos perdoar aqueles que nos fizeram mal ou acreditamos que nos tenham feito. Devagar, quanto mais remoemos, quanto mais maldizemos, temos mais e mais nossas entranhas corroídas. Ficamos doentes e nem percebemos por que. Sentimos angústia e não sabemos por que a sentimos. De onde vem e nem porque vem para o nosso corpo. Tornamos-nos ansiosos, ou seja, sentimos muito mal, antes que alguma coisa nos aconteça. E na maioria das vezes não nos acontece. Sofremos por nada. É quando se pensa em fugir desse mundo. Bebidas, drogas e o sono podem ser paliativos para não se pensar em suicídio.




DONINHO (15/07/09).

terça-feira, 14 de julho de 2009

SOLIDÃO.



Solidão é estar com seu eu e não vislumbrar nenhuma companhia agradável por perto. Você não sente nenhum prazer em estar com você mesmo, você não sente o outro que poderia te compreender. Porque, o eu próprio não consegue te compreender. É como se uma parte de nós quisesse uma coisa, e a outra parte, outra coisa. Às vezes queremos fugir dos padrões morais que castram nossos instintos. Perguntamos-nos por que essa sociedade privilegia estes valores que nos parecem tão estranhos à nossa vontade. É nesse contexto que nos sentimos sozinhos com todo mundo ao nosso redor, ou seja, mesmo no meio de uma multidão nos sentimos muito sós. Se pudéssemos pelo menos contar com alguém que estivesse nos esperando, que nos amasse de fato e nos compreendesse, seria tão bom, tão agradável. Mais essa carência é que nos apunhala nos feri de maneira tão dolorida e tão cruel.
Todos os seres humanos são impelidos pelo ego, mesmos as pessoas que nos apresentam como altruístas (boazinhas), praticam suas ações impulsionadas pela vontade de ser consideradas melhores, ou até mesmo agradar a Deus. Os homens não são seres sociais, só aceitam a sociabilidade para poderem ter uma vida segura. O relacionamento humano é muito complexo, por que se de um lado temos de cooperar uns com os outros, para podermos ganhar uma determinada empreitada ou jogo, do outro, também queremos ser, ou estarmos sempre melhores do que os outros.
No mundo moderno cada vez mais as pessoas vivem e moram sozinhas, ou seja, cada vez mais somos intolerantes com os erros dos nossos (parentes ou amigos). Preterimos a dor da solidão, a dividir com outros dores que não são nossas. A empatia (sentir o outro) é cada vez mais estranha ao ser humano porque ele cada vez mais se torna egoísta. Quanto mais nos machucamos nos relacionamentos mais nos tornamos resistentes as eles.
Quando vivíamos em cidades e comunidades pequenas éramos muito mais solidários, dividíamos os problemas e as alegrias. Conhecíamos os nossos vizinhos, e até brigávamos muito mais vezes, mas uns defendiam os outros. Hoje continuamos a brigar por motivos banais, mas morremos na mão de bandidos sem ninguém para nos defender. Podemos prever que daqui a alguns anos, viveremos juntos sem nenhum relacionamento compromissado. Não existirá mais nenhum compromisso, ou seja, os casais vão apenas “ficar”.