Uma campanha política para qualquer cargo político é muito cara.
Pouquíssimos políticos conseguem ser eleitos com pequena quantia de dinheiro. A
proporção é irrisória, a porcentagem chega a ser em determinadas cidades medianas,
por exemplo, de 1 (um) vereador sem recursos para cada 100 com campanhas bem
financiadas, ou seja, 1% dos candidatos.
Os recursos financeiros para as candidaturas saem de quatro situações: do
próprio candidato, muitos vendem propriedades para financiar o cargo político
almejado (pasmem, até fazendas); do partido que estão filiados, dependendo da
sua relação interna com os outros filiados; dos seus amigos e parentes, que
certamente preiteiam cargos públicos; e das empresas, que aplicam verdadeiras
fortunas no candidato (muitas vezes dinheiro proveniente de caixa dois).
É claro que ninguém joga dinheiro fora, ninguém em sã consciência pode
crer que as doações são feitas com intuito apenas ideológico. Como explicar as
empresas que doam quantias idênticas para os dois candidatos mais destacados
para a presidência, por exemplo, como foi o caso da Coca-cola que doou $300, 000,00
para o Lula e $300, 000,00 para o Serra. É claro que essas quantias de uma
forma ou de outra voltam aos cofres de onde saíram.
O que estamos vendo na Operação Lava jato é exatamente a distribuição de
dinheiro para financiar campanhas, principalmente dos candidatos do PP (Partido
Progressista) vindas da Petrobras. Esse dinheiro jamais vai quebrar uma empresa
como essa uma das maiores do mundo. Porém a população brasileira parece cada
vez menos informada e mais agressiva, muitos acreditam que por conta da repetição da notícia
pela grande mídia. Mas de qualquer maneira é vergonhoso como o dinheiro
transita entre as empreiteiras e os políticos de vários partidos.
Sempre quando começa a campanha aparecem candidatos com mínima intenção
de voto, muitos, nem são conhecido pelos eleitores, daí a pouco, como por
milagre o cara tá lá em cima nas pesquisas. Temos que acabar com a farra das
campanhas financiadas por empresas que escolhem os políticos por nós. Vamos
exigir leis que proíbam o dinheiro das empresas. Somos eleitores e a nós
compete, através do voto, escolher quem vai nos governar e não empresas que não
possuem sentimentos. Este sim é um motivo digno para sairmos às ruas.